Os familiares do menino Kauã Sales Butkovsky, de seis anos, morto junto com o irmão Joaquim Alves Sales, de três anos, em Linhares, realizaram um protesto na orla de Camburi, na manhã deste domingo (1). Eles se emocionaram ao lembrar do caso, que aconteceu há dois meses.
O objetivo da manifestação era pedir leis mais rígidas para esse tipo de crime e alertar as autoridades para a prevenção de abusos contra crianças.
A concentração aconteceu na altura do bairro Jardim Camburi, em Vitória. Com camisas com fotos das crianças, cartazes e bolas brancas nas mãos, os manifestantes seguiram pela praia em direção ao primeiro pier.
O pai de Kauã, Rainy Butkovsky, disse que se sente aliviado com a prisão de Georgeval Alves e Juliana, mas para ele as leis para este tipo de crime ainda são brandas. Ele contou ainda que esses mais de dois meses sem o filho estão sendo de muita dor.
Outros casos também foram lembrados pelos manifestantes, como a morte da jovem Thayna, assassinada em março deste ano, e o crime envolvendo Araceli, morta há mais de 45 anos.
Kauã e Joaquim morreram após serem carbonizados durante um incêndio na casa onde moravam, no centro de Linhares, no dia 21 de abril deste anos. Dias depois o pai de Joaquim e padrasto de Kauã, Georgeval, foi preso. Já Juliana, mãe dos dois meninos, foi presa em Teófilo Otoni, Minas Gerais, e ainda não foi transferida para o Estado.