Um grupo de manifestantes interditou parcialmente o trânsito nas avenidas Getúlio Vargas e Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória, em frente ao Palácio Anchieta. O protesto foi realizado por mulheres, familiares e amigos de policiais militares, que reivindicam atenção do Governo do Espírito Santo com os militares.
Cerca de 30 pessoas participaram do ato. Agentes da Guarda Municipal de Vitória estiveram no local e direcionam o trânsito para apenas uma faixa das avenidas. Isso porque os manifestantes alternavam a interdição entre as vias.
De acordo com uma das manifestantes, o grupo reivindica que o Governo do Estado agende uma reunião, como foi prometido ao fim do movimento das mulheres de PM que bloqueava as entradas e saídas de batalhões e companhias da Polícia Militar em todo o Espírito Santo.
“Amigos, familiares, mulheres de PM e outras categorias, que se solidarizam com a situação dos policiais militares, estão juntos nessa manifestação. Queremos que o Governo nos atenda, pois eles não marcam uma reunião alegando que não temos representatividade. Eles trancam a gente em uma sala por várias horas e falam que o que estamos fazendo é um movimento inconstitucional. Nossa reivindicação é legal. Estamos cobrando o que é justo em qualquer profissão: um reajuste salarial”, diz uma manifestante que preferiu não se identificar.
Quando questionada sobre uma possível volta do movimento que impedia a saída de PM dos batalhões, a manifestante disse que o grupo não descarta a possibilidade. “Alguma coisa vai ter que ser feita. Mas a gente não vai fazer nada que seja ilegal, como não fizemos até agora. Vamos procurar meios legais para sermos ouvidas. Se o Governo do Estado não nos ouve, talvez o Governo Federal possa intervir, porque a gente talvez precise de uma intervenção militar para que se retome a ordem”.
Reunião de conciliação
Segue sendo realizada a audiência de conciliação com governo, associações que representam policiais militares e Ministério Público Estadual. De acordo com uma manifestante, as mulheres dos militares foram impedidas de participar da audiência, que está em andamento na 3ª Vara da Fazenda.
O Ministério Público informou ao Folha Vitória que não entraram na reunião as mulheres que não quiseram se identificar. Segundo o MP há sim mulheres representantes do movimento na reunião.