Os corpos de Edir Caetano dos Anjos, Juracy Fernandes Mendes e Maria Marçal dos Anjos foram levados do Departamento Médico Legal de Vitória para uma igreja evangélica no bairro Ataíde, em Vila Velha.
O velório reuniu diversos amigos e parentes das vítimas que morreram em um grave acidente ocorrido na manhã desta terça-feira (1º), em Colatina. Quem passou para se despedir, relembrou com carinho dos momentos vividos ao lado de cada um.
A vendedora Wiliamar dos Anjos Alves, lembra que foi Juraci o responsável por obras na sua residência. “Ele foi uma pessoa que trabalhou na minha casa até o mês passado. Era alegre, espontâneo e bem alto-astral”, disse. “Era uma pessoa muito boa. Infelizmente, estamos perdendo um grande amigo”, lamentou o auxiliar de produção Anderson Alves Gonçalves.
No veículo também estava a estudante Bruna Oliveira Souza, 22 anos, e Dyacy Fernandes Mendes, 27 anos. Eles eram namorados. O rapaz, que conduzia o veículo, mesmo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foi a único a ser socorrido com vida e levado para um hospital no município onde aconteceu o acidente. A jovem também morreu no momento da batida.
Ainda abalado, o sobrinho de uma das vítimas Luciano Fernandes conta que chegou a passar pelo local da batida, mas não reconheceu os familiares. “Eu passei e vi o acidente, mas não imaginava que era um familiar. Foi quando cheguei em casa que eu descobri”, disse.
O acidente aconteceu na ES-080, em Colatina, e também envolveu um outro veículo, onde estavam duas pessoas. Marcelo Pereira Ramos, 38 anos, estava no banco do carona e também morreu. O condutor do carro, Mateus Pereira de Oliveira, foi socorrido em estado grave para um hospital.
Os familiares das vítimas ainda não sabem o que teria provocou o acidente. No entanto, eles sabem que os dois veículos bateram de frente. Por causa do impacto, os corpos de Juracy e Edir foram velados com os caixões fechados. O sepultamento das três vítima deve acontecer por volta das 15 horas desta quarta-feira (02), em um cemitério de vila velha.
Quem precisa seguir em frente se apega às lembranças para continuar. “Você sai no seu carro, mas não sabe se volta. As curvas são perigosas e praticamente não existe área de escape. Agora fica dentro da gente aquela tristeza e recordação”, desabafou o amigo José Malaquias.