As famílias que foram desapropriadas de um terreno em Morada da Barra, Vila Velha, estão há uma semana morando no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro. O curto espaço de tempo de moradia já foi o suficiente para as pessoas observarem os problemas existentes no local.
Ao todo, 19 famílias se mudaram para o local após uma determinação judicial. A princípio, a Prefeitura de Vila Velha abrigou todas as pessoas em uma escola municipal. A nova mudança para o Cras aconteceu na última terça-feira (02) e todo o processo de transferência foi acompanhado por um oficial de Justiça.
Com as chuvas que ocorreram neste último final de semana, as famílias presenciaram diversos problemas no local, entre eles, a infiltração. Segundo alguns moradores, no segundo andar do prédio estão armazenados os móveis que eles conseguiram recuperar na desapropriação, mas a água da chuva está danificando os objetos.
Moradores ainda disseram que, além da infiltração, a falta de água em alguns banheiros fizeram com que apenas dois sanitários estivessem disponíveis para o uso. Segundo eles, equipes da Prefeitura de Vila Velha estiveram no local para resolver o problema, mas a quantidade de água também não é suficiente para descarga, por exemplo.
Outra reclamação dos moradores ainda é com relação ao segundo pavimento, onde os móveis estão guardados. Eles contam que o local fica trancado, o que dificulta a retirada dos objetos no caso de uma eventual chuva. Para eles, o ideal seria deixar a chave com o segurança para ficar disponível aos moradores.
Por nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que uma equipe técnica da Secretaria Municipal de Obras (Semob) esteve no local e resolveu o problema relacionado a falta de água, faltando apenas uma tubulação na área de serviço. Em relação a infiltração, a equipe constatou telhas quebradas que serão consertadas. No dia da transferência, a Prefeitura se reuniu com as famílias e informou que todas deveriam escolher os móveis que utilizariam no dia a dia e o restante seria devidamente guardado no andar superior.
Ainda segundo a prefeitura, as famílias foram cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e registradas na lista de cadastro de habitações de interesse social do Governo Federal para serem contempladas em projetos futuros.