A Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio) desistiu de assumir a sede do Saldanha da Gama, no Forte São João, em Vitória. Em dezembro de 2018, uma solenidade marcou a doação do imóvel ao Serviço Social do Comércio do Espírito Santo (Sesc) do qual a Fecomércio faz parte.
Segundo o prefeito Luciano Rezende, diante das incertezas orçamentárias do Sistema “S”, a Fecomércio recebeu orientação do Conselho Nacional do Sesc para que aguardasse a recepção do imóvel.
No entanto, Fecomércio enviou um ofício à prefeitura informando que o Conselho Nacional do Sesc determinou que não seja assumida a responsabilidade ou doação de imóveis em virtude da queda de arrecadação da instituição.
“Eu já determinei, diante desses fatos, à nossa equipe que me apresente uma série de possibilidades de convênios com o Governo Federal, com o Governo Estadual e com a iniciativa privada devido à importância histórica e extraordinária daquele prédio, além de sua localização, no Centro da cidade, que é o local de grande atenção do nosso governo para ações de revitalização”.
Segundo o prefeito Luciano, a partir desse primeiro estudo, sua equipe vai novamente iniciar uma estratégia para poder utilizar bem aquela sede. “É uma sede maravilhosa, aquele prédio histórico da mais alta importância, que fica na entrada da baía de Vitória e no nosso Centro da cidade”, disse.
Qual era o projeto?
A Fecomércio pretendia transformá-lo no Museu da Colonização e da Migração do Solo Espírito-Santense. O prefeito Luciano chegou a sancionar uma lei que autorizava a doação do prédio para o Sesc.
O projeto de reforma teria a instalação de um elevador externo panorâmico. A previsão era de que as obras tivessem sido iniciadas ainda este ano, para a recuperação de toda a estrutura e fachada.
“A ideia é oferecer ao Espírito Santo um espaço de referência para que este sítio histórico que tanto orgulha os capixabas, volte a ser um dos cartões postais da capital”, afirmou o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, na época da doação do imóvel.