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Feiras livres estão permitidas, mas há poucas barracas disponíveis em Vitória

Feirantes alegam que muitos vendedores não teriam conseguido tempo hábil para providenciar as mercadorias para vender e os materiais de segurança, como álcool gel e máscaras de proteção

Foto: Matheus Brum

O funcionamento das feiras livres está permitido em Vitória, mas nem todos os feirantes conseguiram se adequar à nova forma segura de trabalhar nesta sexta-feira (3). Segundo o decreto da prefeitura da cidade, as barracas devem estar a 1,5 metro de distância uma da outra e os vendedores devem usar máscara para atender os clientes. 

Na feira de Santa Lúcia, por exemplo, havia apenas uma barraca à disposição da população. Na ocasião, o único feirante no local afirmou que os colegas não teriam conseguido tempo hábil para providenciar as mercadorias para vender e os materiais de segurança, como álcool gel e máscaras de proteção. A medida que autoriza o funcionamento das feiras livres foi publicada no Diário Oficial de quinta-feira (2). 

Em Bento Ferreira, o funcionamento estava 50% abaixo do normal e apenas sete barracas estavam atendendo a população. No local, os feirantes estavam seguindo corretamente as recomendações da prefeitura. Durante o funcionamento, os vendedores também afirmaram que os colegas não estavam no local porque não tiveram tempo para se preparar.    

“As barracas e os vendedores precisam estar afastados dos clientes, precisam usar máscaras caseiras, usar álcool gel e lavar as mãos, quando possível. O pastel na feira pode ser vendido, mas deve ser levado para casa. O isolamento social é importante”, disse o prefeito de Vitória, Luciano Rezende. 

Na feira de Joana D’arc, os feirantes também estavam se cuidando. “Eu sempre digo para os meus clientes usarem o álcool gel e máscaras, pois é muito perigoso”, disse a feirante Edivânia Regiane.  

Assim como ela, outros feirantes usavam máscaras no local, conforme determinado pela prefeitura, mas nem todos os clientes fizeram o mesmo.

“Como não uso ônibus, eu vou para o trabalho de bicicleta, onde não há atendimento ao público e quase não saio de casa”, disse uma moradora do local que estava na feira.

Também era possível ver outras pessoas nas feiras sem máscaras.  

Conheça as medidas determinadas pela Prefeitura de Vitória:  

– Os feirantes deverão ampliar o espaço entre as barracas em, no mínimo, 1,5 metro de distância, por meio da retirada de bandejas de cada feirante

– Os feirantes que comercializam os produtos do gênero alimentício para o consumo imediato no local, como caldo de cana e lanches em geral, somente poderão exercer a atividade em regime de retiradas em balcão, por meio do devido acondicionamento do alimento para viagem

– Os feirantes deverão providenciar a retirada total de bancos, mesas ou qualquer outro item em que o consumidor possa se sentar, objetivando a não permanência e não aglomeração de pessoas na feira livre

– É obrigatória a substituição de feirantes ou trabalhadores maiores de 60 (sessenta) anos, em razão de se enquadrarem no grupo de risco, segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo permitida a indicação de outra pessoa para exercer a atividade.

Com informações de Matheus Brum, da TV Vitória/ RecordTV