As ferragens aparentes da mureta (técnicamente chamada de guarda-roda) não apresentam riscos para a estrutura da Terceira Ponte.
Foi o primeiro diagnóstico feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), que está no local esta semana numa vistoria, após um vídeo ganhar repercussão nas redes sociais a partir de segunda-feira (02).
Nas imagens, um homem, que atravessou a ponte a pé ao participar de um protesto no último domingo (01), registrou vergalhões expostos, com o concreto se soltando com certa facilidade, e questionou a manutenção realizada com o dinheiro do pedágio. A gravação também mostra pontos metálicos danificados pela corrosão.
Segundo o gerente de fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, a estrutura do guarda-rodas é um componente da ponte que não influencia em sua sustentação.
“Sendo assim, não há risco iminente para o tráfego de veículos. Os vergalhões expostos estão relacionados à manutenção preventiva. Já notificamos a concessionária que já está tomando as providências”, explica.
Engenheiros do Crea farão mais análises na ponte
Nesta quarta-feira (04), foram utilizados drones a fim de levantar mais detalhes sobre as condições da estrutura. À noite, as atividades irão continuar no vão da Terceira Ponte, quando a equipe atuará na parte superior para levantamento de outros dados.
Ele disse que, mesmo assim, o órgão irá continuar a fiscalização, que irá verificar as condições estruturais de pilares, vigas, tabuleiros e aparelhos de apoio. Esta etapa da vistoria será feita no mar, com auxílio de uma embarcação.
Rodosol diz que estruturas laterais serão retiradas
Procurada pela reportagem, a Rodosol, concessionária responsável pela administração e manutenção da Terceira Ponte divulgou nota a respeito e fez a mesma análise que o Crea-ES.
Disse que a imagem em questão não representa nenhum risco para a estrutura da Terceira Ponte e para os usuários, sendo uma patologia superficial no concreto já detectada em vistorias realizadas em setembro.
“Relatório técnico encaminhado para agência reguladora (Arsp), realizado por empresa especializada, conforme normas da ABNT, trata a demanda como não urgente com programação de reparo, agendada em até 12 meses”, aponta.
A Rodosol informou ainda que as atuais estruturas laterais (muretas) da ponte serão retiradas e substituídas para adequação ao projeto de ampliação e construção da ciclovia, que está sob responsabilidade do Governo do Estado.
“A concessionária reitera seu comprometimento com a segurança e com o cumprimento do contrato e ressalta que segue adotando a postura de se colocar disponível para esclarecer dúvidas de usuários, de órgãos competentes e de entidades especializadas como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea), cujos representantes foram recebidos na manhã desta terça-feira”, reforça.