Para algumas mulheres, a gravidez é um sonho que só pode ser realizado com a ajuda de laboratórios. E, para realizar esse sonho, muitas mulheres recorrem a alguns procedimentos, como a fertilização in vitro.
Na segunda reportagem da série “Mãe” da TV Vitória/Record, Karina Melotti Haddad conta como foi a chegada de Valentina e Vitória e como elas levaram alegria ao lar, além de fazerem parte do sonho de ser mãe. “Eu sonhei muito com isso todos esses anos que tive dificuldade para engravidar e realmente eu posso dizer que ser mãe é algo sobrenatural”, disse Karina.
Gerar as crianças há quatro anos era praticamente impossível. Karina é casada há oito anos e logo que ela e o marido foram morar juntos decidiram ter filhos, mas ela não conseguia engravidar.
A decoradora buscou respostas, passou por muitos médicos e especialistas, até que descobriu o que a impedia de gerar uma criança. “Eu fiz vários tratamentos de indução, exames complexos e coisas que deixam a gente bem frustrada. Depois de quase sete anos eu descobri que tinha uma endometriose profunda”, contou Karina.
Foram oito anos de tratamento que pareciam uma eternidade para Karina, já que ela tinha que conseguir ser mãe até os 40 anos. A esperança da gravidez se tornou mais forte quando Karina procurou uma clínica de fertilização. Ela tinha certeza que ia dar certo de primeira. “Eu acho que Deus realmente estava no controle de tudo, foi o momento certo que eu procurei a equipe certa, na hora certa e realmente Deus me presenteou”, disse.
Para a surpresa dela, depois da primeira filha Valentina, gerada com a fertilização in vitro, a pequena Vitória chegou naturalmente sem intervenção médica, nem tratamento. “Foi um susto porque, quando descobri que estava grávida, eu amamentava a primeira ainda. Eu a amamentei até os sete meses de gravidez com um barrigão. Eu falava para a médica que não ia parar de amamentar”, contou.
Assim como a Karina, muitas mulheres buscam o sonho de serem mães através da fertilização in vitro, método que vem ganhando visibilidade no Brasil.
De acordo com o relatório divulgado em 2013 pela Anvisa, a média nacional no ano de 2013 foi de 73% de sucesso nos casos de fertilização. No Espírito Santo, o resultado não foi diferente. No mesmo ano, 353 ciclos de fertilização foram realizados. “Inicialmente existem consultas médicas para orientação do casal, até para determinar a melhor estratégia do tratamento dos pacientes. A partir desse estudo, você define a melhor estratégia e executa coisas simples, como uma relação sexual planejada, até técnicas mais avançadas, como a fertilização in vitro”, ressaltou o diretor de laboratório de embriologia, Irineu Degasperi.
Ainda assim, as chances do método de fertilização podem diminuir diante da idade da mulher.
Hoje Karina está com 41 anos e é mãe de Valentina, de quatro anos, e Vitória, de dois anos. Ela afirma que depositou toda a esperança que tinha neste sonho, até que aconteceu. “Nós temos que buscar os nossos sonhos. Eu me sinto privilegiada, mas busquei muito. Acreditei e Deus está aí para realizar todos os sonhos”, ressalta.