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Filha de professora morta após acidente em parque de diversões continua internada na UTI

A menina de 8 anos está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital localizado em Cachoeiro de Itapemirim

Foto: Reprodução

Continua internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Cachoeiro de Itapemirim, a pequena Maria Alice, de 8 anos, vítima de um grave acidente em um parque de diversões localizado em Itaipava, no balneário de Itapemirim, de acordo com informações de uma nota enviada à imprensa por familiares. 

‘A Maria Alice, a mais doce das crianças, foi arremessada violentamente por dez metros e teve traumatismo craniano. Segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital infantil de Cachoeiro de Itapemirim, em coma induzido’, segundo a nota.

O acidente aconteceu na noite do último sábado (01). Além da menina, a mãe dela, Mírian Oliveira, de 38 anos, também estava no brinquedo quando a tragédia aconteceu. Ela foi arremessada e parte do brinquedo teria atingido o corpo da vítima. A mulher morreu ainda no local. 

Em luto, os familiares disseram que todos continuam em orações e acreditam na recuperação da criança. ‘Rogamos por sua vida, cremos em Deus e nos médicos que conduzem o seu tratamento e esperamos a sua rápida recuperação’, 

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O acidente

Foto: Reprodução/Facebook

O acidente aconteceu no último sábado (01), em um brinquedo conhecido como “surf”, que faz rotação em 360º. O equipamento teria começado a girar em alta velocidade, e as duas vítimas, Mirian e sua filha, foram arremessadas.

Testemunhas contaram para polícia, que a mãe teria caído primeiro, sendo atingida pelo próprio brinquedo. Logo depois, a criança também sofreu a queda, sendo jogada pelo lado contrário da mãe. A menina foi socorrida e levada para o Hospital Infantil de Cachoeiro de Itapemirim.

Confira a nota na íntegra:

A família está enlutada e desolada. Mirian trabalhou desde os 15 anos de idade. Era o esteio da família. Professora exemplar. Esposa e mãe dedicada. Infelizmente faleceu não numa tragédia, mas num verdadeiro ato criminoso.
A Mirian teve sua vida retirada num momento de lazer com a sua família, enquanto brincava num parque de diversões. Morreu de forma brutal na frente de seu esposo e da sua mãe.
A Maria Alice, a mais doce das crianças, foi arremessada violentamente por dez metros e teve traumatismo craniano. Segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo do hospital infantil de Cachoeiro de Itapemirim, em coma induzido. Rogamos por sua vida, cremos em Deus e nos médicos que conduzem o seu tratamento e esperamos a sua rápida recuperação.
Maior que a tristeza, é a nossa revolta.
Infelizmente, os responsáveis por isso já gozam da liberdade, em decorrência de uma decisão judicial, prolatada no bojo do processo de n°. 0000341-51.2020.808.0026, que tramita perante a Primeira Vara Criminal de Itapemirim/ES, que, de forma equivocada, entendeu que foram elas vítimas de um homicídio culposo, não intencional.
Inadmissível se conceber que um parque de diversões estivesse operando de forma irregular, sem a licença dos órgãos competentes, ostensivamente, a luz do dia, na via principal de um distrito turístico do Sul do Estado do Espírito Santo.
Inconcebível que um parque de diversões exposto ao público não mantivesse correta manutenção em seus aparelhos e, mais que isso, que o proprietário do aludido parque tenha permitido que o seu funcionário, responsável por operar os maquinários, estivesse visivelmente embriagado durante o trabalho.
No momento do ocorrido, nenhum responsável pelo parque apareceu no local. Todos se evadiram e a família ficou a mercê da própria sorte. Até agora nenhum representante fez contato ou prestou qualquer auxílio. Ao contrário, grassam em liberdade e desfrutam do conforto de seus lares.
Quem mantêm um parque de diversões operando sem alvará de funcionamento, com equipamentos quebrados e em estado de embriaguez, comete homicídio doloso, com a intenção de matar e deve ser responsabilizado por isto.
Tanto o proprietário quanto o operador do aparelho assumiram o risco de causarem a morte de alguém no momento que decidiram agir conforme agiram e esperamos uma enérgica atuação da Polícia Civil, do Ministério Público e do Judiciário Capixabas, no sentido de darem uma resposta satisfatória para a família e para a sociedade.
Viana/ES, 05 de fevereiro de 2020.