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Mais de 200 trabalhadores ligados a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) foram desligados de suas funções nesta semana. O anúncio foi feito pela instituição, em nota para a imprensa, na quarta-feira (20). Segundo a Findes, a reestruturação ocorre por conta dos impactos e perdas econômicas provenientes da pandemia do coronavírus.
Os colaboradores que continuaram empregados tiveram redução de 25% de jornada e de salário, por três meses.
A Findes informou que prevê uma perda de receita de R$ 51,4 milhões no ano, em função da MP 932, que reduziu em 50% os repasses para o Sistema S (dentre eles SESI e SENAI), e também devido à queda de receitas de serviços.
A instituição garantiu que todos os colaboradores desligados contarão com extensão de 3 meses no plano de saúde, 2 meses de ticket alimentação e receberão mentoria para recolocação no mercado.
A Federação diz ainda que a rescisão será paga integralmente e, quando houver a retomada do volume de produção, eles poderão participar de processos para recontratação.
A Findes também reforçou que mesmo com os cortes, estão mantidas todas as unidades Sesi e Senai, assim como todos os serviços. Medidas semelhantes estão sendo adotadas na grande maioria das Federações de Indústrias de outros Estados, e muitas optaram por fechar unidades do SESI e do SENAI. “Isso não ocorrerá no Espírito Santo”, garantiu a instituição.
Confira a nota na íntegra:
A pandemia do coronavírus afetou a economia global, atingindo a receita dos setores público e privado no mundo todo. O FMI projeta uma retração de 3% na economia mundial. No Brasil, as estimativas são de uma contração de até -6% do PIB.
No Espírito Santo, o Tribunal de Contas prevê R$ 4 bilhões a menos de arrecadação estadual: o governo do Estado já anunciou cortes de R$ 3,4 bilhões. O Sistema Findes sofrerá uma perda de receita de R$ 51,4 milhões no ano, em função da MP 932, que reduziu em 50% os repasses para o Sistema S (dentre eles SESI e SENAI), e também devido à queda de receitas de serviços.
A crise que vivemos é sem precedentes, e as medidas tomadas pelos governos, em todas as esferas, para reduzir o impacto junto ao setor privado, estão aquém do necessário.
Diante desse cenário, a Diretoria decidiu adotar medidas de contenção, como redução drástica de contratos, investimentos e despesas correntes. Como isso não foi suficiente, fomos forçados a promover o desligamento de colaboradores, adotando também suspensão de contrato de trabalho e redução de 25% de jornada e salário, por três meses, para todos os colaboradores que permanecerem nos quadros.
Medidas semelhantes estão sendo adotadas na grande maioria das Federações de Indústrias de outros Estados, e muitas optaram por fechar unidades do SESI e do SENAI. Destacamos que isso não ocorrerá no Espírito Santo: todas as unidades serão mantidas e os serviços, continuados.
Os colaboradores desligados contarão com extensão de 3 meses no plano de saúde, 2 meses de ticket alimentação e receberão mentoria para recolocação.
A rescisão será paga integralmente e, quando houver a retomada do volume de produção, eles poderão participar de processos para recontratação. Entendemos que essas medidas são necessárias para atravessarmos este momento e mantermos as instituições cumprindo seu papel no presente e no futuro.