A Ponte Seca foi interditada nesta terça-feira (24), na Vila Rubim, em Vitória. A ponte será restaurada e ganhará iluminação especial. Para que a obra aconteça, a ponte será fechada para passagem de veículos das 7 às 17 horas, em um período de duas semanas. A operação será um teste visando ao fechamento permanente da via para as obras de restauro, em 2016, até o final dos trabalhos.
Com a interdição, o trânsito ficou lento durante toda manhã. Veja como está o trânsito na região em tempo real!
Como o equipamento é amplamente utilizado pelos caminhões que movimentam o Porto de Vitória e por motoristas da Região Metropolitana, foi elaborado um desvio alternativo de trânsito durante esse período. Em caráter experimental, os caminhões poderão sair do Porto de Vitória, atravessar a avenida Getúlio Vargas em frente ao Palácio Anchieta, acessar a avenida Presidente Florentino Avidos e seguir o itinerário normal no sentido rodoviária, Segunda Ponte e Cinco Pontes.
“A interdição começou às 7 horas da manhã e será feita ao longo do dia. A interdição vai durar até o dia 7 de dezembro, que é onde vamos fazer um período de teste sobre a interdição real da ponte. Depois do dia 7 ela volta a funcionar normalmente e em janeiro ela vai ser fechada totalmente para poder fazer a reforma efetivamente”, disse o coordenador de trânsito da Guarda Civil de Vitória, Leonardo Rodrigues.
Durante esses dias de interdição, a guarda estará no local de 7 horas às 17 horas para poder orientar os motoristas. “A guarda vai estar nesse horário permanente para poder avaliar os impactos gerados por conta dessa interdição e por conta de toda a movimentação da Vila Rubim”, disse Leonardo.
Sobre os ônibus, quem tiver que passar por São Pedro terá que passar pelo bairro. “Nesse horário de 7 horas às 17 horas, o fluxo será deslocado prioritariamente para a avenida República. Quem quiser acessar a região de Santo Antônio, até mesmo para fazer o retorno para a Rodoviária , vai ter que pegar a avenida República ou algumas ruas antes. Ônibus e caminhões vão ter que trafegar pela avenida República”, informou o coordenador.
O trânsito dos caminhões nesse novo trecho será analisado diariamente e poderá sofrer ajustes para garantir a segurança e mobilidade urbana na região. Executar a obra mantendo o tráfego na ponte exigiria um escoramento maior e isso aumentaria o valor da reforma em mais 40%, segundo o secretário municipal de Obras, Zacarias Carrareto.
Vale lembrar que os caminhões já cruzam a pista na altura da Vila Rubim para acessar a Ponte Seca. Com a obra, esse cruzamento simplesmente mudaria de local, indo lá pra frente do Palácio Anchieta. Outro detalhe: as carretas maiores continuarão saindo pelo portão da Vila Rubim.
Motoristas
Já os motoristas que estiverem na avenida Getúlio Vargas poderão seguir pela Elias Miguel em direção à Beira-Mar ou retornar para a Vila Rubim pelas ruas Dr. João dos Santos Neves, Marcos de Azevedo e Duarte Lemos. Outro retorno para a região do Centro é pelas ruas Presidente Pedreira ou avenida República e seguir pela rua Cleto Nunes até a avenida Marcos de Azevedo. A coordenação das operações de desvio e orientação do tráfego ficará a cargo da Guarda Municipal.
Cartão-postal
“Após a intervenção, que deve durar 10 meses, vamos avaliar, a partir também do comportamento da cidade, a inatividade da ponte e verificar se será possível aposentar o equipamento para o tráfego de carros e tornar a via um espaço de contemplação para os pedestres. A ideia é que se torne um cartão-postal da cidade e valorize a Vila Rubim. Para nós, é uma obra significativa para a revitalização da região”, disse a secretária municipal de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro.
Investimentos
O investimento na recuperação da Ponte Seca é de mais de R$ 3 milhões. A via ganhará iluminação cênica e restauro na estrutura de aço, além de nova pavimentação.
A Ponte Seca, que foi construída na década de 20, tem 65 metros de comprimento e pesa 346 toneladas. As peças foram fabricadas na Alemanha e trazidas de navio para o Brasil. Desde então, está ativa para o tráfego de veículos e pedestres. Durante cinco décadas, funcionou como a única ligação entre a ilha de Vitória, Vila Velha e Cariacica.