A temperatura alta típica do verão requer cuidados especiais com os pets que assim como as pessoas, ficam vulneráveis ao câncer de pele quando expostos ao sol. Cães e gatos de pelagem clara, branca e com nariz rosa são os que mais correm riscos de contrair o câncer.
De acordo com a veterinária Aline Carvalho Galante, muita gente não sabe que os cães e felinos precisam utilizar protetor solar. “ O câncer nos cães costuma aparecer no nariz e no ventre, locais onde não tem pelos. Nos gatos a doença costuma atingir a face, o nariz e as orelhas. É necessário observar feridas que não cicatrizam, partes do corpo avermelhadas, que descamam, os donos devem ficar atentos aos sinais que o pet dá”, orienta.
Aline diz ainda que o horário de expor o cão ao sol deve respeitar o mesmo que o dos humanos, antes das 10h e depois das 16h. “Os donos dos pets devem passar protetor solar nas orelhas, focinho, nariz e patas devem ser usados em todas as raças independentes da cor e da pelagem, para os de cores mais claras e focinhos rosados é preciso reforçar. No mercado já existem protetores solares desenvolvidos para animais, mas há veterinários que indicam os protetores para humanos, voltados para crianças, que são livres de produtos tóxicos como o zinco”.
O sol forte do verão causa fadiga, desidratação e até queimadura nos coxins, aquelas as almofadinhas das patas dos cães. “Se você não consegue sair descalço para passear por ai, seu amiguinho também não. Pausas para descanso na sombra e oferecer água para hidratar o cachorro é muito importante, para os gatos o ideal é fazer sempre a troca de água da vasilha ou usar uma fonte que movimenta a água e estimula o bichano a ingerir mais o líquido”.
E para quem pensa que os cuidados se limitam aos passeios a pé, está enganado. Os passeios de carro requerem atenção. A veterinária diz que são frequentes os donos que param para ir a um lugar e deixam o cachorro dentro do veículo.
“O carro sem ventilação funciona como uma sauna para o cachorro, aumentando a temperatura corporal causando desmaio e até parada cardíaca”, orienta a veterinária Aline.
Piscina e mar também são outros locais que podem passar de brincadeira para risco em poucos minutos, segundo a especialista. Ao ingerir água com cloro, os cães podem ter dor de barriga.
“Para driblar a curiosidade dos amigos de quatro patas o ideal é distraí-los com banhos de mangueira e torneira. Na praia, o perigo para os bichinhos está na contaminação por vírus e bactérias, vacinação e vermifugação devem estar em dia, o mar também pode ser perigoso principalmente para cães de focinho curto, que tem dificuldades para nadar e podem se afogar”.