Mogadiscio – Forças de segurança da Somália retomaram na madrugada deste domingo o hotel Nasa-Hablod, na capital da Somália, Mogadiscio, que foi alvo ontem de um ataque com um carro-bomba e, em seguida, havia sido invadido por cinco terroristas. O número de mortos, que até ontem chegava a 18, foi atualizado nesta domingo (29) para 23.
Durante a troca de tiros entre extremistas e forças de segurança dentro do Hasa-Hablod, o ministro de Eletricidade e Água do país, Salim Aliyow Ibrow, que estava no edifício, foi resgatado. Entre os mortos, estão uma mulher e seus três filhos, incluindo um bebê, e um ex-ministro, segundo o capitão Mohamed Hussein.
Com a retomada do hotel, três dos cinco extremistas foram mortos pelos policiais e outros dois, capturados, disse Hussein. O ataque de sábado ocorre duas semanas após mais de 350 pessoas terem morrido em um grande atentado com um caminhão em uma rua movimentada de Mogadiscio, o pior da história do país africano.
O Al-Shabab, grupo extremista islâmico, reivindicou a autoria do ataque de ontem, mas não comentou sobre o de duas semanas atrás. Especialistas dizem que o número de vítimas foi tão grande que o grupo teria hesitado em reivindicar a autoria por temer um aumento do rechaço à organização entre os somalis.
Depois da explosão de duas semanas atrás, o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, vem visitando países da região em busca de mais apoio na luta contra o Al-Shabab. Também tem tentado unir lideranças regionais de seu fragmentado país.
O exército dos Estados Unidos intensificou esforços militares contra o Al-Shabad neste ano, realizando quase 20 ataques com drones a alvos do grupo, acompanhando o acirramento da guerra contra o extremismo no continente africano. Um força multinacional formada por 22 mil soldados da União Africana que atuam na Somália atualmente devem se retirar até 2020.
Fonte: Associated Press.