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Fotógrafo capixaba que ficou preso na Venezuela deve voltar ao ES ainda nesta quarta-feira

O rapaz foi até a fronteira venezuelana para documentar a crise vivida com a imigração e acabou detido na última segunda-feira

Foto: Reprodução / Facebook

O fotógrafo capixaba Gabriel Rezende, de 27 anos, que estava entre os três brasileiros presos na Venezuela na última segunda-feira (17), foi liberado e já está em solo brasileiro. A família do fotógrafo, agora, está na expectativa pelo retorno do jovem ao Espírito Santo.

Gabriel foi detido em Santa Elena de Uairen, na fronteira com a Venezuela, com outros dois profissionais que contratou em Boa Vista, Roraima, afim de documentar a crise vivida com a imigração venezuelana. A prisão aconteceu por volta das 16 horas, enquanto os fotógrafos utilizavam um drone para captar imagens. Eles foram flagrados pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que é similar à Polícia Militar, só que vinculada ao governo venezuelano.

Gabriel de Rezende, Diego Veras e Luan Soares ligaram para algumas pessoas em Roraima e relataram que estavam presos e que tiveram os equipamentos apreendidos. Eles ficaram presos até as 18h desta terça-feira (18), quando foram liberados pela Guarda Nacional Venezuelana.

Segundo Marlon Rezende, pai de Gabriel, a família teve contato com o jovem ainda na noite de terça-feira (18). Ele relatou que o fotógrafo disse estar ainda um pouco assustado, não quis comentar muito sobre o caso, mas disse estar bem, apesar do grande susto.

Ainda segundo Marlon, o filho informou que após serem liberados, eles seguiram de carro para Pacaraima, município localizado no norte do estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela. A viagem durou cerca de quatro horas. Lá eles dormiram e na manhã desta quarta-feira (19), estão seguindo em direção a Boa Vista, escoltados pelo exército brasileiro. A família espera que da capital de Roraima, Gabriel volte para Vitória ainda hoje.

O pouco que conseguiu comentar sobre o caso, Gabriel relatou para o pai que ele e os colegas não sofreram agressões, mas chegaram a ficar um tempo sem comida e sem água.  Além disso, o equipamento de fotografia dos brasileiros ficou apreendido e eles foram obrigados a deletar todo material registrado.