Foi realizada nesta terça-feira (18) em Vitória uma reunião para debater a crise hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que banha os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. O encontro teve a presença de representantes da Agência Nacional de Águas (Ana) e da Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Agerh), além de técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
De acordo com a assessoria da Ana, a reunião de trabalho foi realizada para condensar as informações de cada um dos órgãos a fim de subsidiar qualquer tomada de decisão quanto ao uso das águas do rio. Ficou mantida a não imputação de qualquer restrição quanto a utilização da nascente; mesmo com a redução do volume de água, de acordo com a avaliação do órgão regulador, não há necessidade de racionamento.
Quanto aos problemas de abastecimento detectados em Colatina e Governador Valadares, município mineiro, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce informou que trata-se de um defeito na regulagem das bombas de captação e não falta de água.
A Agência Nacional de Águas informou ainda que acompanha a bacia e o curso do rio ininterruptamente desde 2010 e reiterou que a foz do rio Doce, que nasce em Minas Gerais e deságua no Espírito Santo, não está seca.
A bacia do Doce
O rio Doce nasce em Minas Gerais, nas Serras da Mantiqueira e do Espinhaço, e percorre 850 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico. Sua bacia hidrográfica abriga aproximadamente 3,5 milhões de habitantes, distribuídos em mais de 200 municípios mineiros capixabas, perfazendo um total de 86.715km2.