Parte dos funcionários da Samarco e terceirizados pela empresa realizaram, na tarde desta sexta-feira (27), um protesto em frente à sede da empresa em Anchieta. Com faixas e cartazes com a frase “Solidários à Samarco”, os manifestantes pediam a manutenção de seus empregos, ameaçados desde que a mineradora teve seus serviços interrompidos após o rompimento das barragens em Mariana, Minas Gerais.
Em dezembro, a Samarco concederá férias coletivas aos trabalhadores, já que ainda não há prazo para que a empresa retome suas atividades. Caso elas estejam paralisadas ao término das férias coletivas, em janeiro, os cinco mil funcionários terão de ser demitidos.
Após a reunião em frente à Samarco, que contou também com a participação de comerciantes da região, o grupo realizou uma caminhada na Rodovia do Sol, em direção à Guarapari.
“Acreditamos que deva ser feita a justiça quanto ao caso das barragens, mas sem prejudicar os trabalhadores e colaboradores da Samarco com o desemprego. Não somos os responsáveis pelo incidente”, disse um dos manifestantes.
Prazo legal
O Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) deu prazo até o dia 2 de dezembro para que a Samarco apresente um plano para manutenção dos empregos da unidade de Ubu, localizada no município de Anchieta, e que tem funcionamento interligado às atividades de Mariana, em Minas Gerais.