Paulo Borges, fundador e diretor da São Paulo Fashion Week, se manifestou dois dias depois da morte do modelo, Tales Cotta. Ele teve um mal súbito em plena passarela no último dia de desfiles da 47ª edição do evento, no sábado (27).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Paulo disse que demorou para se pronunciar sobre o assunto em respeito ao sepultamento de Tales e dos familiares. O diretor da SPFW declarou que ninguém contava com a tragédia.
“A gente viveu e está vivendo algo inimaginável. Não existe um manual para lidar com uma situação tão trágica, inesperada e surreal como essa. No momento que o Tales teve o mal súbito e foi prontamente atendido pelos socorristas e encaminhado ao hospital, não havia possibilidade e ninguém contava com uma tragédia. Todos ali estavam o tempo todo com pensamentos positivos, realizando seus sonhos de trabalho de meses.”
Paulo se defendeu das críticas que recebeu por ter continuado normalmente com os desfiles após Tales ter passado mal.
“O desfile da Ocksa aconteceu porque o acidente, até então não trágico, nem fatal, já estava atendido. E foi assim que se deu. Todo mundo assustado, emocionado… E assim foi também com o desfile da Flávia Aranha. O óbito ocorreu às 18h40, às 18h50 fomos informados e já tinham acontecido os dois desfiles.”
O diretor ainda afirmou que foi muito difícil tomar essa decisão, porém ressaltou que era preciso encontrar uma solução, mesmo ainda estando impactado com o ocorrido.
“Não desejaria a ninguém estar ali no olho do furacão, vivendo uma energia tão inexplicável. É muito difícil você saber qual a melhor decisão nesse momento. Não tem como achar a melhor solução, existe uma solução possível que um ser humano pode tomar. Todos ali absolutamente humanos, impactados, assim como eu. Se existisse alguém ali que pudesse parar tudo, seria eu mesmo. Fiz da maneira que fiz porque sou humano como todos. Impactado com toda emoção e com tudo que decorria disso.
Paulo também declarou que mantém contato com a mãe de Tales desde o dia do desfile e apenas por isso conseguiu se pronunciar. “Eu falei com a Dona Heloisa várias vezes e se alguém me ensinou foi ela.”
Assista ao vídeo completo:
