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Geladoteca: livros ajudam jovens a realizar sonhos

A ideia tem sido o caminho para construção e realização de projetos pessoais de adolescentes participantes do projeto Projovem

Foto: Rosa Blackman
Hillary Vieira frequentou o Projovem e fez uso dos livros da geladoteca 

Uma geladeira que virou uma biblioteca, a geladoteca, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Maruípe tem chamada atenção dos adolescentes e, até mesmo, dos adultos que frequentam o local. 

Além de oferecer livros, a ideia também tem sido o caminho para construção e realização de projetos pessoais de adolescentes participantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de 15 a 17 anos – o Projovem.

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Exemplo disso são as adolescentes Hillary Vieira Fernandes e Karoliny Bruno Silva. Para Hillary, a geladoteca fez elevar o número de leitores dentro do projeto e, também, entre pessoas que tiveram algum contato com o espaço. Além disso, a jovem contou quais foram os impactos da Geladoteca em sua vida. 

“A leitura me ajudou a desenvolver meu vocabulário, ampliar meus conhecimentos e desenvolver minhas habilidades de escrita, fazendo com que várias oportunidades se abrissem para mim”, declarou ela.

Hillary disse, ainda, que sempre foi apaixonada pela leitura, mas tinha dificuldade de acesso. “Eu buscava muito conhecimento. Sonhava com uma vida melhor. Depois de tantas experiências e estudos estou conseguindo alcançar os objetivos sonhados quando eu era mais nova”, disse ela.

Já para Karoliny, a geladoteca foi como se colocassem luz em palavras, lugares, coisas e oportunidades que jamais havia tido contato. 

“Com a leitura, aprendi palavras diferentes e melhorei minha escrita. Estou feliz com o caminho que construí e estou construindo. Cheguei a lugares e conheci pessoas na qual nunca imaginava conhecer”, afirmou Karoliny.

Ao ser questionada que lugar era esse, Karoliny contou a experiência que teve de conhecer o autor do livro que estava lendo. 

“Um ano depois de começar a usar a gelatoteca, fui ao Tancredão conhecer o autor do livro que mais gostei de ler até hoje, ‘Classe Média Baixa’, do professor de Literatura e Língua Portuguesa Wagner Silva Gomes, que usa a periferia de Vitória como cenário e retrata a favela com muito orgulho e sinceridade”, disse a menina.

O educador social Kleber Marins afirma que o espaço foi construído para ser frequentado pelos usuários do Projovem e que ainda hoje continua impactando na vida de muitas famílias. Agora, a equipe decidiu disponibilizar exemplares em caixas na porta de entrada do Cras Maruípe. 

O que é o Projovem

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Jovens – Projovem – ´é um programa da Prefeitura de Vitória que visa a proteção e o desenvolvimento dos adolescentes e jovens de 15 a 17 anos de idade, que estejam em situação de vulnerabilidade social.

O projeto possibilita a ampliação do universo artístico, cultural e do mundo do trabalho; contribui para a permanência dos adolescentes no sistema educacional; estimula o desenvolvimento de potencialidades, habilidades, talentos e formação cidadã.