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Os golpes financeiros na internet estão cada vez mais sofisticados, dificultando a segurança dos usuários de instituições financeiras. O resultado disso é o número significativo desse tipo de abordagens criminosas registradas no Brasil: foram 5 milhões de investidas, de janeiro a julho de 2022. Isso representa mais de mil tentativas de golpe por hora.
Este dado expressa, ainda, um aumento de 97% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a empresa de cibersegurança PSafe.
O crime mais comum é a clonagem do cartão de crédito. Também são muito praticados o phishing, um golpe que faz com que pessoas compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartão, o golpe do pix, do WhatsApp e da falsa Central de Atendimento.
As vítimas são pessoas físicas ou jurídicas, geralmente abordadas por telefone, por aplicativos de mensagens ou por anúncios em sites e aplicativos.
Cresce número de brasileiros atingidos
3 em cada 10 brasileiros já sofreram tentativa de golpe, de acordo com informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento feito pela instituição mostra que o número tem crescido rapidamente – em setembro de 2021, o percentual era de 21%. Em dezembro do mesmo ano, 22%. E, no último mês de junho, 31%.
Conheça os golpes mais comuns:
O estudo recente da Febraban também mostrou quais são os golpes mais comuns no mercado.
Clonagem de cartão
A clonagem de cartão ainda está em primeiro lugar e já atingiu 64% dos entrevistados.
Neste crime, os bandidos copiam os dados de um cartão e transferem para outro. Nos cartões sem microchip, por exemplo, esta cópia é feita por meio da instalação ilegal de leitores em caixas eletrônicos que salvam o código da parte magnética de trás e utilizam depois.
Os cartões com chip são mais comumente clonados em maquininhas. Os fraudadores instalam um sistema capaz de copiar o microchip para replicá-los em outros.
Ainda há outra maneira de ter o cartão de crédito clonado. Em plataformas de compra online, hackers podem ter acesso aos dados do cartão e seu código de segurança, quando são digitados para pagamento.
Falsa Central de Atendimento
O golpe da central falsa já chegou em 26% dos respondentes da pesquisa. A quadrilha entra em contato com a pessoa e a induz a acreditar que está mesmo falando com alguém da instituição financeira – para isso, bandidos podem até já ter informações sobre dados e transações da vítima, passando confiança e verossimilhança. Dessa forma, o cliente é induzido a compartilhar ou dar acesso a dados pessoais, aplicativos e até mesmo realizar transferência de valores.
Golpe do WhatsApp
Os golpistas utilizam fotos roubadas de redes sociais e procuram conversar com amigos e parentes de uma certa pessoa. Ao se passarem pelo conhecido que trocou de número, pedem ajuda financeira por conta de um imprevisto, como um PIX ou o pagamento de um boleto.
Quando a vítima se dá conta, já é tarde demais. 25% dos entrevistados já foram abordados por esse tipo de golpe.
Phishing
Cada dia mais aprimorados, os ataques de phishing capturam muita gente. Por meio desse golpe, a vítima recebe uma comunicação que parece ser da instituição bancária – e-mail ou SMS, por exemplo. Geralmente, são utilizadas falsas informações sobre riscos de segurança, problema de fatura, dinheiro a ser reembolsado, entre outras.
Quando a pessoa clica no link enviado pelos criminosos, são roubados dados confidenciais, como login, senha, dados da conta e do cartão de crédito.
Mais segurança
É preciso ficar atento a todos esses golpes para que não haja prejuízo financeiro e de segurança. Antes de efetuar qualquer transação ou clicar em algum link, é fundamental ligar para a instituição financeira ou para o seu gerente de banco, confirmando o contato.
De acordo com a Febraban, os bancos investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – além das campanhas educativas para seus clientes.