O grupo que organizou o protesto na Serra, na última segunda-feira (29), gerando engarrafamento em diversos pontos, pode ser multado em R$ 100 mil por dia caso promova novas manifestações. O pedido foi ajuizado pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) contra os líderes do movimento.
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Considerado ilegal pelo governo do Estado, o ato realizado nas imediações do Terminal de Carapina, na Serra, refletiu em um intenso engarrafamento que chegou a atingir outros municípios.
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O movimento provocou um engarrafamento quilométrico que tomou conta inicialmente da Avenida Norte-Sul e que reverberou para a Rodovia do Contorno, na BR-101, entre os municípios de Cariacica e Serra.
Em virtude da paralisação, leitores do Folha Vitória relataram que trajetos antes feitos em 50 minutos, chegaram a durar mais de 3 horas.
Ao ser questionada sobre ações que seriam tomadas em relação aos manifestantes, a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) afirmou à reportagem, em nota, que está em diálogo com a categoria.
“A Semobi e a Ceturb mantêm um diálogo constante com os diversos representantes das categorias do transporte público. A manifestação desta segunda-feira (29) foi coordenada sem qualquer aviso prévio, com interesses em eleições sindicais”, informou.
Além da multa diária, caso ocorram novos atos, a ação ajuizada pela PGE também pede que o ato seja declarado como ilegal.
“A Procuradoria-Geral do Estado informa que já ajuizou ação contra os líderes do movimento ocorrido ontem. Na ação, a PGE solicita, dentre outras coisas, a declaração de ilegalidade da paralisação, a proibição de novos movimentos semelhantes, indenização por danos morais coletivos e multa diária de R$ 100 mil Reais em caso de novos protestos”, declarou a Procuradoria, em nota.
O que diz a organização do movimento?
Procurado pela reportagem do Folha Vitória, o representante da chapa de oposição, Wagner Fernandes, não concorda com a ação da PGE e afirma que, caso haja multa, a mesma deve ser direcionada a todos os trabalhadores.
“Eles têm que pegar todos os trabalhadores de todas as empresas e punir os trabalhadores que não aguentam mais ficar sem intervalos, não aguentam mais a diretoria que está aí”, apontou.
Sobre a demora no trânsito provocada pelo ato na segunda-feira (29), o líder do movimento aponta a demora de obras do Governo do Estado como principal fator para os engarrafamentos.
Um exemplo de ponto de congestionamento que ele cita à reportagem é a Rodovia das Paneleiras, que liga Vitória e Serra.
“Uma obra do próprio Governo do Estado ali perto do Apart que é a obra do viaduto. Então se o Governo está com a obra dele e quer colocar a culpa nas pessoas, quer silenciar o direito do trabalhador, ele tem que rever esse conceito. A categoria não merece isso, a população não merece isso. O que o governador tem que ver e procuradoria é o motivo das obras e o porquê de tanta demora e não a questão dos rodoviários quererem se manifestar porque não aguenta mais o sindicato.”