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Governo do Rio pede cancelamento do carnaval de rua em todo o Estado

Os desfiles dos blocos no município do Rio já haviam sido cancelados pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) na quarta-feira, 5

Foto: Agência Brasil/ Tânia Rêgo

O governo do Rio de Janeiro recomendou, em nota emitida nesta sexta-feira, 7, o cancelamento do carnaval de rua em todo o Estado, em função do aumento de casos de covid-19. 

Os desfiles dos blocos no município do Rio já haviam sido cancelados pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) na quarta-feira, 5. Vários outros municípios do Estado, como Niterói e Maricá, também já cancelaram o carnaval de rua. 

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Na nota emitida nesta sexta-feira, o governador Cláudio Castro (PL) afirma que “não é recomendável a realização do carnaval de rua no Rio de Janeiro, em razão do aumento do número de casos de covid-19. A comemoração promoveria aglomerações sem haver a possibilidade de seguir os protocolos sanitários determinados pela Secretaria de Estado de Saúde”.

Ainda conforme a nota, Castro encaminhou ao comitê científico do Estado uma indicação para que o carnaval de rua não seja liberado e aguarda a deliberação dos especialistas. 

O governador determinou que o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, “dialogue com o conselho de secretários de saúde dos municípios para que o evento seja suspenso neste ano”.

No Rio, ao cancelar o desfile dos blocos pelas ruas, na quarta-feira, 5, o prefeito chegou a propor aos blocos que se apresentem em lugares fechados, como o Parque Olímpico, para que seja possível o controle de acesso das pessoas. 

A princípio, essa proposta foi rechaçada pelos representantes dos blocos. Eles consideram que cada bloco tem estreita ligação com a região onde desfilam e não faria sentido se apresentarem longe dali. Uma nova reunião que ocorreria na quinta-feira, 6, entre a prefeitura e representantes dos blocos foi adiada a pedido destes últimos, e deve ocorrer na próxima semana.

O desfile das escolas de samba na Sapucaí segue mantido, sob o argumento de que, tratando-se de um lugar fechado, será possível permitir a entrada apenas de quem comprovar ter tomado a vacina e apresentar exame negativo de covid, feito nas horas anteriores. Mas, pelo menos um integrante do comitê científico do Estado defende que o desfile na Sapucaí e outros eventos fechados, como bailes de carnaval, também sejam proibidos.

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“Não deve haver nem (desfile na) Marquês de Sapucaí nem os bailes em clubes, mesmo que tenham um controle (de passaporte de vacinação e testagem). Acho que devemos ter um debate ético: qual o custo que queremos ter? Claro, porque (ao) não ter o carnaval nossa saúde mental e a economia perdem. Estamos dispostos a pagar com vidas para ter um momento de descontração e melhorar a economia?”, questionou o médico infectologista e epidemiologista Roberto Medronho, em entrevista à emissora de TV Globonews. 

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) continua afirmando que os desfiles na Sapucaí podem acontecer. Mas os ensaios técnicos, inicialmente programados para ocorrer a partir deste mês, foram adiados para fevereiro, em função de obras que estão sendo realizadas na pista de desfile. 

A Liesa planeja apresentar um aplicativo por meio do qual desfilantes e público comprovariam estar vacinados e não infectados pela covid-19.