Vários estados receberam do governo brasileiro, um total de 50 mil comprimidos do medicamento cloroquina, após ser dito que o medicamento poderia auxiliar no tratamento da covid-19. Ao todo foram 2.932.000 comprimidos distribuídos. Só em São Paulo, epicentro da doença no Brasil, recebeu até agora 986 mil comprimidos. Para o Ceará, segundo estado em número de infectados por coronavírus, foram enviados 302 mil unidades, e para o Rio de Janeiro, 224 mil.
O protocolo atual orienta o uso da medicação a pacientes em estado moderado ou grave da covid-19, sob algumas condições, mas é esperado para esta semana que Ministério da Saúde mude a orientação e passe a permitir o uso da Cloroquina também para paciente iniciais da covid-19.
O Conselho Federal de Medicina faculta o uso do medicamento no início dos sintomas, desde que o médico informe o paciente que “não existe nenhum benefício provado dessa droga, explicando também os riscos que ela apresenta”, segundo o presidente do CFM, Mauro Ribeiro. Entre os principais efeitos colaterais da Cloroquina está a arritmia cardíaca.
Na última sexta-feira (15), poucas horas depois da saída de Nelson Teich do comando da pasta, o Ministério da Saúde divulgou nota anunciando que “finaliza novas orientações” num documento que abrangerá o atendimento a casos leves da Covid-19 e prevê que serão “descritas as propostas de disponibilidade de medicamentos”. Justifica a medida como forma de “dar suporte aos profissionais de saúde do SUS” e garantir acesso “aos usuários mais vulneráveis às melhores práticas que estão sendo aplicadas no Brasil e no mundo”.
Em 23 de março o presidente Jair Bolsonaro, determinou que os laboratórios das Forças Armadas ampliassem a produção da medicação. O laboratório do Exército detém o registro da Cloroquina. O reforço na fabricação permitiu a produção de até dois lotes por semana, alçando 500 mil comprimidos, porém foi preciso suspender ou adiar a fabricação de outros medicamentos que abastecem o SUS. Os 21 laboratórios oficiais fabricam 30% dos remédios adotados no sistema público de saúde.
Com informações de Christina Lemos / Portal R7