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Governo paga R$ 1 mil para tratar dependente químico no Espírito Santo

Coordenador Estadual sobre Drogas da Vice-Governadoria, Gilson Giuberti, explicou que os usuários em tratamento deverão ser ouvidos sobre a melhor terapia a ser adotada em seu tratamento

Usuários terão oportunidade de opinar sobre melhor tratamento a ser adotado Foto: Estadão Conteúdo

Os usuários de drogas dispostos a se submeter a um tratamento poderão contar com comunidades terapêuticas em todo Estado. E a participação dele em seu próprio tratamento será bem mais democrático. O tratamento de cada usuário deverá custar ao governo cerca de R$ 1 mil por cada tratamento.

O coordenador Estadual sobre Drogas da Vice-Governadoria, Gilson Giuberti, explicou que os usuários em tratamento deverão ser ouvidos sobre a melhor terapia a ser adotada em seu tratamento.

“As comunidades terapêuticas irão ouvir os usuários e seus familiares antes de iniciarem os tratamentos. Consideramos esta uma forma mais democrática e mais eficiente, de forma a oferecer um atendimento mais individualizado. Os dependentes terão disponíveis em seu tratamento serviço psicológico, assistência social, terapia ocupacional, atendimento em grupo ou atendimento individual”, detalhou Gilson Giuberti.

Por conta de não ter um número exato de usuários a serem internados, o Estado não tem um valor absoluto a ser gasto com os tratamentos.

O coordenador explicou ainda que o edital para o atendimento de usuários de drogas foi lançado no início deste mês e contém alguns requisitos que deverão ser cumpridos pelas comunidades terapêuticas.

“É pedido que se cumpra o RDC-29 (Dispõe sobre os requisitos de segurança sanitária para o funcionamento de instituições que prestem serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas) e o Marco Regulatório nº 1 (Regulamenta, no âmbito do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), as entidades que realizam o acolhimento de pessoas com problemas decorrentes do abuso ou dependência de substância psicoativa, denominadas ou não de comunidades terapêuticas). Todos devem obedecer”, explicou o coordenador Estadual.

Segundo ele, para se vincular ao Estado é necessário que todas estejam em dia. Ele disse ainda que a intenção é preencher 550 vagas, 150 a mais que no edital anterior.

“Mas faremos de uma forma diferente. Antes, 100% das vagas eram destinadas ao Estado, mesmo que não fossem ocupadas. A ocupação das vagas impedia que as comunidades internassem usuários de outros locais. No edital mais recente, as comunidades terão liberdade para buscar outros clientes. Vamos pagar aqueles que usarmos”, frisou Giuberti.