Levantamento do Ministério da Saúde, realizado em conjunto com os municípios brasileiros, aponta que 855 cidades encontram-se em situação de alerta e risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Aqui no Espírito Santo nove municípios estão em situação de alerta e apenas um em situação de risco de surto das doenças.
O levantamento foi feito pelo Ministério da Saúde e divulgado na manhã desta quinta-feira (24), e os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). No Espírito Santo, os municípios que estão em situação de risco são Vila Velha, Conceição da Barra, Vitória, Linhares, Pinheiros, Viana, Serra, Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari. Apenas a cidade de Pedro Canário, no norte do Estado está em situação de risco.
Dos 3.704 municípios que estavam aptos a realizar o LIRAa – aqueles que possuem mais de 2 mil imóveis – 62,6% (2.284) participaram da edição deste ano. Em comparação com 2015, houve um aumento de 27,3% em relação ao número de municípios participantes. Realizado em outubro e novembro deste ano, o levantamento é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti.
“Para este ano, esperamos uma estabilidade nos casos de dengue e zika. Como chikungunya é uma doença nova, e muitas pessoas ainda estão suscetíveis, pode ocorrer aumento de casos ainda este ano. Porém, para o próximo, também esperamos estabilização dos casos de chikungunya” explicou o ministro da saúde Ricardo Barros.
Atualmente, o levantamento é feito a partir da adesão voluntária de municípios. O ministro Ricardo Barros, no entanto, vai propor que a participação, no levantamento, dos municípios com mais de 2000 imóveis seja obrigatória, a partir de 2017. A proposta será apresentada na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) entre estados, municípios e União, no próximo dia 8 de dezembro.
Além do levantamento, o Ministério da Saúde também divulgou nesta quinta-feira (24), a campanha deste ano para combate ao mosquito transmissor das três doenças. A nova campanha chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes.
Situação dos municípios capixabas
Em situação de risco: Pedro Canário
Em situação de Alerta: Vila Velha, Conceição da Barra, Vitória, Linhares, Pinheiros, Viana, Serra, Cachoeiro de Itapemirim e Guarapari
Em situação satisfatória: Boa Esperança, Jaguaré, Mucurici, Barra de São Francisco, Castelo, Bom Jesus do Norte e Itapemirim
Casos de Dengue no país
O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).
Casos de Chikungunya no Brasil
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados até o dia 22 de outubro. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados.
Casos de Zika no país
Foram 208.867 casos prováveis de febre pelo vírus Zika em todo o país, até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três óbitos por vírus Zika no país. Em relação às gestantes, foram registrados 16.696 casos prováveis em todo o país.