Geral

Grávidas em trabalho de parto voltam para casa após não conseguirem atendimento em hospital de Vitória

Segundo parentes dessas gestantes, os atendentes alegavam que não havia vaga na Santa Casa de Misericórdia. Nenhum representante do hospital conversou com a equipe da TV Vitória

As pacientes não conseguiram atendimento na Santa Casa de Vitória, neste sábado, que alegou falta de vagas Foto: TV Vitória

Três mulheres que estavam em trabalho de parto foram obrigadas a voltar para casa ou procurar outros hospitais depois de tentarem atendimento no Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Vitória, na manhã deste sábado (04). Segundo parentes dessas gestantes, os atendentes alegavam que não havia vaga na unidade de saúde.

Uma das pacientes começou a sentir fortes dores e contrações. Ela e o marido, o gerente administrativo de loja, Wesley Máximo, correram para o hospital. E, para o desespero da grávida, disseram que não havia vaga para receber o atendimento.

“Passamos por uns três hospitais e nada de atendimento. É sempre a mesma história: não tem vaga. Chegamos aqui e falaram que está lotado também. Vou fazer o que? Levar minha mulher para ganhar neném em casa?”, questionou. 

E Paloma não foi a única grávida que teve problemas. Luiza Emanuele chegou no começo da manhã e também não foi atendida.

“Fazem duas horas que cheguei e eles não fazem nada, não resolvem se vão me mandar para algum lugar. Outra menina lá está pior do que eu, está há mais tempo aqui e com mais contrações do que eu, uma atrás da outra. Eles falam que não tem vaga e que o médico falou que não tem como atender”, reclamou.

Enquanto a equipe da TV Vitória/Record procurava uma resposta da direção da Santa Casa para a demora no atendimento, mais uma grávida chegou ao local. Ela foi informada que deveria procurar o Hospital das Clínicas, em Maruípe, também na capital.

“É uma gravidez de risco. Mas eu não tenho culpa. Agora eu vou para o Hucam e, quando chegar lá, eles vão mandar eu voltar para cá mais uma vez. E aí, como que eu faço? Vou ficar correndo para cima e para baixo? Daqui a pouco minha filha tem o filho dentro do carro, e aí?”, protestou o pai da gestante, Laurindo Carneiro Dias.

Nenhum representante do hospital foi conversar com a equipe de reportagem durante a manhã deste sábado. Eles informaram apenas que o médico responsável estaria fazendo operações e que era para a equipe aguardar, caso quisesse falar com o responsável.