A manhã desta terça-feira (8) começou movimentada para motoristas que trabalham pelos aplicativos Uber Brasil e 99 pop.
Parte da categoria resolveu paralisar as atividades em todo o Brasil, para tentar um reajuste das tarigas com as corridas, a redução do percentual pago pelas empresas e mais medidas de segurança para os motoristas.
Entretanto, alguns deles resolveram não aderir à greve, fato que incomodou os que paralisaram as atividades. Na Grande Vitória, motoristas que estavam fazendo corridas na manhã desta terça-feira (8) foram hostilizados e até ameaçados pelos grevistas.
Um motorista de 33 anos, que não teve a identidade revelada, disse que aderiu à paralisação, mas compreende os motivos dos motoristas que resolveram trabalhar. “Eu optei por não rodar hoje em respeito a todos que aderiram à paralisação, mas entendo a justificativa dos que precisaram sair para pagar as contas”, disse.
Um fator que incomodou os grevistas foi o preço das corridas, que ficou elevado pela baixa quantidade de veículos disponíveis para os clientes. O motorista enfatizou que no início da manhã os preços de fato estavam elevados, mas a situação normalizou com o passar das horas. Ao perceber os valores, motoristas que teriam aderido à greve, desistiram e decidiram trabalhar. “Alguns motoristas que aderiram de manhã, quando viram que estava com preço dinâmico e outros motoristas rondando, decidiram ir pra rua”, completou.
De acordo com o relato de passageiros, uma viagem da Praia da Costa até a Enseada do Suá, que teria um preço médio de R$ 7 em dias normais, chegou a custar R$ 20 no início da manhã. O preço chegou a ficar quase três vezes maior que a tarifa normal.
O Folha Vitória fez simulações em aplicativos já no final da manhã e constatou que os preços estavam normalizados. A paralisação de parte da categoria está prevista para continuar até 00h desta quinta-feira (9), em vários lugares do Brasil e do exterior.