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"Grito dos Excluídos" reúne duas mil pessoas em Vitória

Saindo do bairro Itararé, ato percorreu comunidades para denunciar violência policial no Espírito Santo

"Grito dos Excluídos" reúne duas mil pessoas em Vitória

A vigésima terceira edição do Grito dos Excluídos reuniu aproximadamente 20 mil pessoas em Vitória nesta quinta-feira (07), segundo estimativa dos organizadores do evento.  A manifestação teve início às 8h30 da manhã  e terminou ao meio dia, trazendo  reivindicações dos movimentos políticos, sociais e religiosos

Este ano, o lema nacional da marcha foi “Por direitos e democracia a luta é todo dia”, com objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a urgência da organização popular para enfrentar a difícil conjuntura do país, que vem sofrendo diversos retrocessos, com perda de direitos e desmonte da Constituição e escândalos de corrupção. 

A escolha do trajeto deste ano também seguiu uma reivindicação local. Partindo de Itararé, a caminhada terminou no alto do morro do Jaburu, passando por diversas comunidades que têm sofrido com a violência policial. 

“Vamos abordar desde questões nacionais que afetam a vida do trabalhador e também questões do Espírito Santo, como o aumento da investida violenta da política em comunidades e a criminalização da pobreza”, diz Maria de Fátima Castelan, integrante da organização do evento. Ela destaca que a intolerância religiosa e a violência contra grupos sociais como mulheres e homoafetivos também serão visibilizados nos discursos, faixas, músicas e outras atividades durante a marcha.

Temer é alvo do Grito dos Excluídos em ao menos 10 capitais

O presidente Michel Temer foi o principal alvo dos manifestantes durante a marcha do Grito dos Excluídos realizadas nesta quinta-feira, 7, em Brasília e em pelo menos dez capitais pelo País. O ato também foi marcado por protesto contra o momento político e contra as reformas trabalhista e da previdência. O lema do ato deste ano foi “Direito e democracia, a luta é todo dia”. Os manifestantes ignoraram as recentes revelações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defenderam a sua candidatura à Presidência.

O Grito dos Excluídos começou em 1996 como uma iniciativa das pastorais ligadas à Igreja Católica e dialoga diretamente com a campanha da fraternidade de cada ano. em Campo Grande, MS, representantes indígenas protestaram contra a mudança no marco temporal das demarcações de terra. Em julho, Temer assinou um parecer mudando a forma como a administração pública lida com a questão das demarcações de terras indígenas em todo o país. No decreto, ficou definido a tese de que só poderão ser demarcadas terras indígenas em que os índios estavam presentes na data de promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

Em São Paulo, os manifestantes ligados a movimentos sociais atacaram a política o projeto de concessão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Gritos contra o governador Geraldo Alckmin também foram ouvidos. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, houve atos de defesa a presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e ataques ao Governo federal.