A manifestação em defesa da Amazônia reuniu um grupo de pessoas em Vitória, por volta das 17 horas desta sexta-feira (23). A concentração aconteceu na Praça do Papa, onde o ato teve produção de cartazes e discursos contra o desmatamento, a poluição e demais problemas ambientais que estão sendo discutidos no Brasil.
Às 18h30, o grupo seguiu em direção à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), onde terminou a manifestação.
Coordenador do projeto Amigos da Jubarte, Thiago Ferrari valorizou a motivação das pessoas que foram até o ato na capital. “É um momento ímpar para refletir sobre a valorização das instituições de ensino federais, das pesquisas, dos institutos que são competentes para falar sobre o clima e a Amazônia. A segunda preocupação é o que está acontecendo na Amazônia, que é passar por cima de um valor maior da vida, do meio ambiente, da preservação, que impacta o mundo inteiro”, considerou.
Presidente do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, acredita que os problemas ambientais não devem ser vistos somente por conta das queimadas na Amazônia.
“Na realidade esse impacto que a destruição ambiental tem no nosso planeta, já é de séculos. Isso que a gente está vendo é só um simbolo que as pessoas estão prestando um pouco mais de atenção e obviamente temos que usar ele para chamar ainda mais atenção para destruição ambiental, mudanças climáticas e desrespeito que a gente está vendo no planeta”.
A bióloga Ana Laura Fioretti avaliou a importância de discutir o tema ambiental e reunir as pessoas para atos que aconteceram não só na capital capixaba, mas também em outros países.
“Eu acho que a gente está num momento muito divisor de água, tanto para mudança climática, onde a gente está chegando em um lugar que não vai ser mais possível retornar, as medidas não serão mais eficientes. A gente sempre teve queimada na Amazônia, hoje a gente tem uma queimada recorde e o descaso com os órgãos ambientais e todos os mecanismos que tinham de proteção ao meio ambiente, de pesquisa”, disse a bióloga.