Os guarda-vidas de Vila Velha, que estão em greve desde a última terça, 29, realizaram um protesto na tarde desta terça-feira, 5, em frente à prefeitura do município. Os manifestantes reivindicaram melhores condições salariais e melhorias no equipamento recebido para o trabalho.
O protesto foi encerrado devido às chuvas, e um representante da categoria foi convidado a reunir-se com a prefeitura.
Fagner Oliveira, porta-voz dos manifestantes, afirmou que a classe pede um reajuste no pagamento, congelado desde 2013, para um salário mínimo e meio, além do benefício por insalubridade, que constaria no contrato dos guarda-vidas mas nunca teria sido pago, e benefícios comuns das classes vinculadas à segurança pública.
Os guarda-vidas também pedem a desvinculação do órgão da Secretaria de Defesa Social e Trânsito, alegando que os coordenadores não teriam conhecimento técnico acerca de salvamento aquático, gerando prejuízos para o funcionamento da classe. “No dia em que desapareceram aquelas duas crianças no mar, em Ponta da Fruta, nós havíamos recebido da ordens da Coordenação de Políticas de Segurança Aquática para retornar para a base, contra apelos dos guarda-vidas, que sabiam que o mar estava revolto e algum acidente poderia ocorrer. Nunca conseguimos uma reunião com o secretário de Trânsito, para que ouvisse nossas reivindicações, além de ter ofendido à categoria ao dar parecer sobre a greve”, afirmou Oliveira.
Sobre a greve
A greve causa polêmica pois ocorre em meio à alta temporada das praias de Vila Velha, com maior frequência de banhistas e, também, de afogamentos, que já contabilizam 30 ao longo do estado nos últimos dois meses.