Após mais três meses do início da greve, os médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social deixaram de realizar, somente no Espírito Santo, 50 mil perícias. Em todo o Brasil, esse número ultrapassa 1,7 milhão. A paralisação, que teve início em 4 de setembro, deve seguir até o ano que vem.
Entre as reivindicações, duas são prioridades para a categoria e, de acordo com o delegado regional da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social em Vitória, Juliano Pina, a efetivação das 30 horas semanais e a incorporação de uma gratificação já recebida.
“Na última reunião de negociação, não recebemos nenhuma proposta. Os salários estão cortados e estamos, juntamente com a população, aguardando uma posição do governo”, disse Pina, que informou também sobre o cumprimento da obrigatoriedade de manter os 30% do funcionamento estabelecido durante a greve, com atendimentos de pessoas com horário agendado e que precisam da primeira avaliação de auxílio-doença.
A greve segue por tempo indeterminado em todo o Brasil. Segundo Pina, 85% dos peritos brasileiros estão parados. Já no Estado, 63 dos 78 profissionais do INSS estão de braços cruzados esperando uma negociação efetiva das autoridades com a categoria.