O grupo terrorista palestino Hamas libertou, nesta sexta-feira(24), 24 reféns tomados de Israel, segundo autoridades israelenses e do Catar, na fase inicial de um acordo que interrompeu temporariamente os combates na guerra de Gaza.
Autoridades egípcias e tailandesas haviam falado anteriormente em 25 reféns soltos, incluindo 12 cidadãos tailandeses.
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A libertação dos reféns, que mantém um frágil cessar-fogo em curso, foi o resultado de semanas de negociações para um acordo entre Israel e o Hamas, mediado pelo Catar e pelo Egito, com a ajuda dos Estados Unidos.
Como parte do acordo, as autoridades israelenses concordaram em libertar um grupo de prisioneiros palestinos, composto por mulheres e adolescentes.
A troca de reféns e prisioneiros é a primeira etapa de um acordo mais amplo que incluiu o fim dos combates a partir das 7h, horário local, de sexta-feira.
Juntamente com 13 israelenses, o Hamas também libertou 10 tailandeses e um cidadão filipino, que foram adições surpresa de última hora e cuja saída não fazia parte do acordo.
Os reféns foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza, que os entregou na passagem fronteiriça de Rafah com o Egipto, onde os militares israelenses os identificaram e realizaram um exame médico inicial.
Palestinos também estão sendo libertados
No início da noite, eles viajaram para Israel para se encontrarem com familiares. Os primeiros 39 palestinos, entre mulheres e adolescentes, também estão sendo libertados das prisões israelenses e em breve serão reunidas com as suas famílias, disse um porta-voz do Catar.
A maioria dos israelenses libertados na sexta-feira era do Kibutz Nir Oz, uma comunidade na fronteira com Gaza, que tinha uma população de 400 pessoas antes do ataque do Hamas em 7 de outubro. A comunidade disse que um quarto da população do Kibutz foi morto ou sequestrado.
Um membro da comunidade que foi liberto hoje havia sido declarado morto há poucos dias pela Jihad Islâmica Palestina, uma facção aliada ao Hamas.
Veja quem são
Após serem libertados, um canal de TV de Israel divulgou fotos dos 13 reféns israelenses que foram soltos pelos terroristas. Todos os reféns são mulheres, crianças ou idosos.
Os reféns foram identificados como: Hannah Katzir, de 77 anos; Margalit Mozes, de 77 anos; Yaffa Adar, de 85 anos; Hannah Perry, de 79 anos; Adina Moshe, de 72 anos; Danielle Aloni, de 44 anos, e Emilia Aloni, de 9; Ruthi Mondar, de 78 anos; Keren Mondar, de 54 anos, e Ohad Mondar, de 9; Aviv Asher, de 2 anos; Raz Asher; de 5 anos; e Katz-Asher, de 34 anos.
Israel, que invadiu Gaza depois da ofensiva do Hamas em outubro, posicionou as suas tropas ao longo das linhas de cessar-fogo. Os militares israelenses disseram que a pausa nos combates é apenas temporária e alertaram os habitantes de Gaza contra a deslocação para o norte, onde as suas forças ainda mantêm o controle das estradas e do movimento dentro e fora da área.
Palestinos feridos alegaram, em um vídeo gravado no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, no centro de Gaza, que soldados israelenses teriam aberto fogo hoje contra civis que tentavam voltar para o norte. Um médico do hospital disse que duas pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas por tiros.
Os militares israelenses não responderam à alegação de que dispararam contra os palestinos, mas disseram que estão estacionados ao longo das linhas operacionais designadas para a pausa, conforme o quadro acordado no âmbito da trégua.
49 dias de terror
Os reféns prisioneiros, entre mulheres, crianças e idosos, libertados pelos terroristas ficaram, ao todo, 49 dias sob custódia do grupo, que havia se infiltrado no sul de Israel e lançado um ataque-surpresa no último dia 7 de outubro.
Na ocasião, os terroristas cometeram massacres e sequestraram uma quantidade de 242 reféns, entre israelenses e estrangeiros.
*Com informações da Agência Estado e Portal R7.