A criançada que mora em comunidades e bairros da região do manguezal de Vitória vai receber uma visita especial de uma trupe de papais-noéis carregados de presentes nesta sexta-feira (23). Porém, ao invés de trenó e renas, eles chegam em sete barcos e 20 jet skis.
A saga desses voluntários faz parte de uma série de histórias que o Folha Vitória publica até domingo (25) dentro do clima de Natal, com relatos de quem superou desafios ou se coloca a serviço do bem comum.
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Pelo quinta vez, Gledson Oliveira, guarda municipal de trânsito de Vitória, comanda a frota de embarcações, que sai do atracadouro na Praia do Canto e segue pela baía, margeando o mangue e parando em Andorinhas, Goiaberias Velha, Maria Ortiz, Santo André. Resistência foi incluída este ano.
Geralmente, o programa natalino é feito no dia 25 de dezembro, mas em 2022, teve que ser antecipado devido às condições da maré.
Os 42 amigos que estarão a caráter, todos vestidos do Bom Velhinho, vão distribuir os presentes arrecadados nos últimos meses.
Bolas, bonecas, carrinhos, pipa, brinquedos em geral, material escolar, cesta básica, tem de tudo. A procissão marítima natalina começa a partir das 8h da manhã desta sexta.
“O legal é a generosidade espontânea das pessoas. A gente não precisa fazer campanha, é tudo na base do boca-a-boca. O pessoal já sabe que vai haver a frota do Papai Noel no mangue e já se coloca à disposição com as doações. É muito envolvente e vale a pena todo esse trabalho pra ver uma criança sorrir”, explica Oliveira.
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Segundo cálculos do grupo, considerando número de presentes, este ano foram mais de três mil itens arrecadados.
A distribuição é caprichada com estruturas montadas nos bairros de Goiabeiras Velha, Maria Ortiz e Santo André com pula-pula, distribuição de algodão-doce, pipoca, refrigerante e cachorro-quente.
A ideia nasceu numa conversa descompromissada do agente de trânsito com os amigos numa roda de boteco.
“Eu queria retribuir tudo o que a comunidade de Maria Ortiz me ajudou em minha formação pois morei lá por 35 anos. A gente teve essa ideia de chegar de barco e tudo começou com duas embarcações. Tudo foi crescendo. Nossa meta é conseguirmos atingir a todas as comunidades ribeirinhas do manguezal. E se depender da generosidade das pessoas, a gente consegue sim”, finaliza.