Os familiares de um homem, agredido por passeiras de um ônibus em São Paulo, afirmaram que ele possui um transtorno mental e pode ter sido vítima de um “mal´-entendido”. O caso foi registrado no último sábado (29).
Segundo informações repassadas pelo jornal Metrópoles, em relato, o homem afirmou que não percebeu estar com o zíper da calça aberto no coletivo. Com a ação, sem conseguir se explicar, ele foi arrastado e espancado até um batalhão da Polícia Militar.
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Após o ocorrido, a família se pronunciou e afirmou que, o homem apresenta transtorno mental desde o nascimento.
Segundo um sobrinho, ele possui dificuldade para se comunicar, não sabe ler e nem escrever. “Em situações, com desvio na coluna, o homem fica com o corpo inclinado e passa a mexer e ajeitar a própria calça ou o botão da calça”, narra.
“Não estou dizendo que as mulheres que estavam no ônibus mentiram, mas pode ter havido um mal-entendido. Meu tio é uma pessoa muito gentil e não deve ter percebido que o zíper estava aberto”, continuou.
A família explicou que, por estar possuir a mania de mexer na calça, a situação pode ter feito com que as passageiras do ônibus acreditassem se tratar de um caso de importunação sexual.
Com a situação, um advogado contratado pela família assumiu o caso e já registrou a ocorrência da agressão.
Segundo a família, o homem vive com a mãe de 87 anos e, durante o dia, tem uma rotina de andarilho. “Ele já é conhecido dos motoristas de ônibus, faz alguns trajetos conhecidos e depois volta para casa”, disse. “Nunca aconteceu nada, e jamais tivemos qualquer reclamação sobre o comportamento dele”, afirmou o sobrinho.
Após o episódio, o homem voltou para casa muito assustado e machucado. “O joelho dele está em carne viva porque ele foi arrastado por um longo percurso”, disse o parente. “Ele consegue dizer que apanhou no ônibus, mas não entende por que isso aconteceu.”
Entenda o caso
O coletivo de prefixo 6 6126, da Transwolff, fazia a linha 6030-10 (Unisa-Campus 1 – Term. Santo Amaro).
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que ele chega a chorar durante as agressões, mas não consegue se defender e nem se explicar.
Após ser espancado, ele é tirado do ônibus à força e arrastado até o batalhão da Polícia Militar.
A companhia responsável pelo coletivo, a SPTrans confirmou que o caso ocorreu na tarde de sábado. “O motorista do coletivo conduziu o veículo à unidade policial mais próxima, conforme protocolo repassado aos profissionais do transporte público”.
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