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Homem é preso por engano enquanto realizava a prova do Enem

Candidato estava na 30ª questão quando foi interrompido por policiais com um mandado de prisão em aberto no nome e data de nascimento iguais às dele

Foto: Thiago Soares (Arte: Folha Vitória)

Imagem ilustrativa

Um homem foi preso por engano enquanto estava realizando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no ultimo domingo(5). Marcos Antônio Gonçalves da Silva fazia a prova em uma escola do Recife, quando foi chamado por policiais militares que estavam com um mandado de prisão em aberto no nome e data de nascimento iguais às do candidato.

Marcos tem 50 anos e é pesquisador e vendedor. Ele realizava a prova na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife.

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Ele estava na 30ª questão quando foi chamado pela aplicadora da prova e encaminhado ao pátio. Lá estavam dois policias militares com um mandado de prisão em nome de Marcos e data de nascimento iguais. Porém, os nomes dos pais eram diferentes, o que passou desapercebido pelos militares.

“Eu estranhei, quando cheguei no pátio da escola, me deparei com dois policiais militares que disseram que tinham um mandado de prisão no meu nome. Entrei em estado de choque, fiquei sem entender a situação”, contou Marcos.

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Os militares ordenaram que Marcos fosse com eles para o Instituto de Identificação Tavares Buril, no Recife. Ele tentou explicar que não era ele, mas foi impedido de retornar para a sala da prova e ignorado pela aplicadora.

“Tentei argumentar, mas não tive apoio da coordenação do Enem”, disse Marcos.

Após verificarem que a digital de Marcos não batia com a do suspeito procurado, ele foi até a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, registrar um boletim de ocorrência contra a abordagem da Polícia Militar.

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Marcos não conseguiu retornar ao local da prova por questões emocionais e psicológicas, e disse que ainda é cedo para afirmar se vai conseguir refazer a prova em um a possível reaplicação em dezembro.

“Estou desestabilizado, foi uma situação constrangedora. Várias pessoas presenciaram a situação, e, até que se prove o contrário, as pessoas têm um olhar negativo. Espero que a Justiça tome as medidas cabíveis e que haja uma reparação”, afirmou Marcos.

Allan Negreiros, advogado de Marcos, disse que vai pedir maiores informações à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) afim de entrar com uma ação na Justiça por danos morais, em busca de uma indenização.

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“Para saber de onde saiu a ordem de conduzir o senhor Marcos mesmo diante de uma dúvida sobre a sua identidade, pois ele poderia ser custodiado durante a prova e, posteriormente, levado para fazer a investigação”, afirmou o advogado.