Um pedido de socorro de uma família humilde. As filhas de dona Eponina Alves Dutra, de 73 anos, pedem ajuda para que a mãe consiga se aposentar. Há 10 anos, a idosa sofre com alzheimer e esquizofrenia, mas não consegue o benefício pois perdeu todos os documentos pessoais.
Nascida na Bahia, por conta do alzheimer, a idosa não consegue se lembrar do próprio nome. Durante as crises de esquizofrenia, ela fica agitada e agressiva, o que exige muito cuidado e tempo da família.
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“Nós somos em quatro filhas e no momento apenas três estão dando todo esse suporte para ela. A situação está muito difícil porque o problema dela está se agravando”, contou Leila Dutra Araújo, filha da idosa.
Um exemplo da importância desses cuidados é que, há cerca de um mês, a idosa se queimou ao utilizar o fogão.
Idosa perdeu todos os documentos após uma viagem
Outro problema que atingiu a família de dona Eponina é que depois de uma viagem, feita há 12 anos, a idosa perdeu todos os seus documentos pessoais e, por isso, não consegue se aposentar.
“Na época ela tinha certidão, carteira de trabalho e o título. Por ela não ter um CPF, isso dificultou ainda mais o processo de aposentadoria”, disse a filha.
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A família já tentou de diversas formas conseguir uma nova documentação. As filhas chegaram a dar entrada em um processo na Defensoria Pública do Estado.
“Eu sempre entro em contato com eles e com a assistência social, mas eles só dizem que temos que aguardar o procedimento que é lento, e que tem casos piores ou parecidos com o nosso”, disse Leila.
Filhas se dividem para cuidar da mãe
Na casa da Leila, uma das filhas de dona Eponina, moram a idosa e as outras irmãs que se dividem para manter o cuidado total com a mãe.
Por conta de toda a atenção necessária, as filhas não podem trabalhar porque precisam estar à disposição da mãe. Com isso, elas estão com dificuldade até para comprar medicamentos e alimentos para a idosa.
“A gente tenta fazer de tudo, dar todo o suporte, mas a gente não tem todo esse poder por conta das condições que nós vivemos no momento”, contou a filha.
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O que diz a Defensoria Pública?
A Defensoria Pública disse que, em abril de 2021, protocolou uma ação judicial com pedido do novo registro de nascimento na Quarta Vara da Fazenda Pública Estadual de Vitória e que aguarda a resposta desse pedido.
O jornalismo da TV Vitória/Record TV entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo para saber como está o andamento do processo, mas até o momento não houve retorno. Assim que recebermos uma resposta, o texto será atualizado.
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* Com informações da repórter Alessandra Ximenes, da TV Vitória/Record TV