Darcizio de Oliveira, de 85 anos, internado há cinco dias em Vitória após ser atropelado na faixa de pedestre no bairro Vale Encantado, em Vila Velha, no dia 25 de setembro, morreu nesta sexta-feira (30).
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Segundo a sobrinha da vítima, Adriana Ribeiro da Silva, em conversa com o médico do plantão, ele informou para ela que já tinha sido feito o protocolo e decretado a morte encefálica de Darcizio.
“Só necessitava de mais um exame, que era o eletroencefalograma, pra detectar se tinha alguma atividade cerebral. O médico falou que no exame feito não tinha detectado, nem uma atividade cerebral nele e ali tinha decretado a morte dele”, disse.
Desencontro de informações
Uma irmã da vítima contou que o motorista que causou o acidente foi impedido de fugir do local por moradores da região. A família disse ainda que o condutor estava sob o efeito de álcool e não quis fazer o teste do bafômetro.
“Se recusou. O policial fez o teste dele andar ali, ele andou todo torto e no boletim tá dizendo que ele não estava alcoolizado. E sim, estava alcoolizado sim”, disse a sobrinha.
No entanto, a Polícia Militar disse que o motorista não foi conduzido para a delegacia, porque os familiares não representaram contra ele. Já a família, disse que não foi questionada sobre essa necessidade.
Segundo a sobrinha, um policial informou a ela que deveria fazer um boletim de ocorrência. “Eu falei assim: ‘Mas a ocorrência foi feita no dia, porque o policial pegou meus documentos. Enquanto ele pegou meu documento, o documento do meu tio, a gente tava sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros”, contou.
O policial puxou no sistema e percebeu que o boletim de ocorrência registrado pelo Corpo de Bombeiros estava com a data e hora correta, porém, o boletim realizado pelos policiais informava que a vítima havia sido socorrida pelo Samu.
Despedida dos familiares e amigos
Darcizio era ativo, disposto e muito alegre, o que fez a perda ser ainda mais dolorosa para a família. “Ele tem 85 anos, mas levantava de manhã. Ele morava comigo, porque não me deixava ficar sozinha. Ele levanta de manhã, prepara café, só mora eu, ele e meu filho. Ele faz tudo, sai para olhar as plantinhas dele. Todo dia caminha, ele tinha a saúde”, disse Joventina Ribeiro da Silva, irmã da vítima.
Os familiares e amigos se despediram do idoso neste domingo (2). Um dos parentes disse que além da saudade, ficará a esperança de que o caso seja investigado pela polícia.
“Tem sido muito difícil pra mim, pra minha mãe, pra minha família, porque esse inconsequente tirou um pedaço da gente e tá muito dolorido”, disse a sobrinha.
Segundo a Polícia Civil, o procedimento será encaminhado para a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT).
*Com informações da repórter Alessandra Ximenes, da TV Vitória/Record TV