A Igreja Santa Rita da Praia do Canto, em Vitória, realiza, nesta segunda-feira (18), uma missa de sétimo dia em homenagem ao jornalista Ricardo Boechat.
Em conversa com a reportagem, a igreja informou que a homenagem atende a um pedido da comunidade. “Todo católico, que é batizado, pode pedir a realização da missa. A comunidade pede e a igreja faz”, disse um membro da instituição religiosa.
O acidente
O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel no início da tarde do dia 11 de fevereiro. A aeronave caiu no quilômetro 7 do Rodoanel, próximo ao acesso à Rodovia Anhanguera, próximo a chegada a São Paulo, em cima de um caminhão.
Boechat estava voltando de Campinas, onde tinha ido dar uma palestra. Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave caiu em cima de um caminhão que trafegava pela via, no sentido interior, próximo à praça do pedágio. O motorista do caminhão foi socorrido pela concessionária. Os bombeiros informaram que 11 viaturas foram deslocadas para o local para o resgate. Ainda de acordo com os bombeiros, a aeronave que caiu era do modelo BELL PT HPG.
Pane mecânica
O helicóptero que transportava o jornalista sofreu uma pane mecânica antes de cair, apontam informações preliminares da Polícia Civil. O inquérito policial não deve responsabilizar criminalmente nenhum dos envolvidos. O piloto Ronaldo Quattrucci, de 56 anos, também morreu no acidente. “Houve uma pane mecânica. Quer dizer, não há de se falar que o cara ia por um remold lá no motor ou sei lá onde, montar na aeronave e subir”, afirmou ao Estado o delegado Luiz Roberto Hellmeister, responsável pelo inquérito na Polícia Civil. Os investigadores aguardam laudos para confirmar as circunstâncias do acidente.
Boechat morreu por politraumatismo
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Boechat morreu em decorrência de politraumatismo provocado pela queda do helicóptero. De acordo com o documento, o jornalista sofreu traumatismos torácico e abdominal, “caracterizando politraumatismo, com carbonização secundária”.
O exame não apontou indícios de que Boechat inspirou fuligem ou fumaça antes de morrer. “(Foi detectada) uma concentração abaixo de 10% de carboxihemoglobina (intoxicação por monóxido de carbono) no sangue, o que indica que a vítima já se encontrava em óbito antes da exposição ao gás”, afirma o laudo. O corpo do jornalista foi reconhecido pela arcada dentária.