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Incertezas marcam primeiro dia de greve dos rodoviários e população sofre com falta de ônibus na GV

Os passageiros que saíram de casa na esperança de chegar ao trabalho ou a outro compromisso ficaram frustrados

Passageiros foram os mais prejudicados com a greve dos rodoviários Foto: ​TV Vitória

A manhã do primeiro dia de greve dos rodoviários, iniciada nesta segunda-feira (08), foi marcada pelo caos. A determinação da Justiça em garantir a circulação de 70% da frota no horário de pico não foi cumprida e, com isso, os usuários do transporte público sofreram com a falta de veículos nos terminais.

Os passageiros que saíram de casa na esperança de chegar ao trabalho ou a outro compromisso ficaram frustrados. A opção de muitos foi pedir carona a conhecidos ou aguardar o carro das empresas.  De acordo com o presidente do Sindirodoviários, Carlos Louzada, a paralisação dentro dos terminais ocorreu por um ato de solidariedade a colegas demitidos por justa causa.

 “Nosso intuito é fazer uma greve legal. No município de Vila Velha muitos profissionais cruzaram o braço em solidariedade a companheiros que foram demitidos na paralisação surpresa da última semana. Já estamos resolvendo a situação desses funcionários e tivemos uma conversa com a categoria. Até o fim do dia o estipulado pela Justiça (70%) estará nas ruas”, afirmou.

De acordo com a Ceturb, durante o horário de pico da tarde desta segunda-feira – das 17h às 19 horas – 70% da frota ocupará as ruas. Após esse período, a Justiça determinou que 40% da frota atenda à população.

Reunião 
Segundo presidente do Sindirodoviários, Carlos Louzada, a greve continua e, na tarde desta segunda-feira, acontece uma reunião apenas com os membros da categoria para definir os rumos da greve. O Sindicato pede reajuste salarial de 15%, plano de saúde integral e acréscimo de R$ 4,00 no valor unitário do tíquete-alimentação.

Já Ceturb informou que uma reunião está prevista para às 14 horas de hoje. Porém, o presidente do Sindirodoviários afirmou que não há nenhuma reunião agendada com a companhia. 

Trânsito complicado

Com a greve do transporte coletivo da Grande Vitória, o trânsito na manhã desta segunda-feira (8) ficou mais lento e complicado do que o normal na Capital. Em toda a Grande Vitória, pontos de lentidão no trânsito foram formados. Além da greve, acidentes também congestionaram o trânsito.

Terminal de Vila Velha Foto: Reprodução

Terminal de Vila Velha
A movimentação em dos terminais mais movimentados do município canela-verde é tranquila. Após a falta de ônibus no local no início desta manhã, a situação foi controlada e os coletivos circulam dentro do previsto.

Terminal do Ibes
No local, as filas no fim da manhã eram grandes. Passageiros aguardavam os ônibus. A espera provocou irritação no usuários e causou longas filas. 

Terminal de Itaparica
Dentro do terminal que na última semana foi alvo de uma paralisação surpresa, o fluxo de passageiros era baixo. 

Taxistas faturam
A greve de ônibus além de causar transtornos, também provou prejuízo nos bolsos dos capixabas. Quem não conseguiu carona e precisava chegar ao trabalho ou outro compromisso, precisou utilizar serviços de transportes alternativos. Com isso, os taxistas da Grande Vitória lucraram.

De acordo com um profissional que preferiu não se identificar, a demanda é grande. “ Está muito movimentado. Faltando carro na praça. Todo mundo que precisou chegar dentro do horário e não conseguiu usar os ônibus, acabou optando pelo táxi. Não estamos conseguindo atender todo mundo”, disse. 

A greve
A Justiça determinou que 70% da frota dos ônibus do Sistema Transcol circule nos horários de pico durante a greve. Fora do horário de pico, pelo menos 40% dos coletivos deve atender os passageiros da Grande Vitória.  Caso a ordem seja descumprida, o Sindirodoviários será multado em R$ 30 mil por dia. 

Edital
O edital de greve foi publicado na última quinta-feira (4). No documento, o Sindirodoviários informou que manteria 30% da frota nas ruas. Atualmente, 1.600 coletivos atendem aos capixabas. 

Ceturb-GV

De acordo com o diretor-presidente da Ceturb-GV, Léo Carlos Cruz,  a companhia está programa para atender a determinação da Justiça de 70% da frota nas ruas. Com a redução dos coletivos, a prioridade são linhas que ligam os terminais da Grande Vitória. 

Escolas

Apesar da greve, as escolas estaduais da Grande Vitória devem funcionar normalmente, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), os professores de cada curso decidiram se vão ou não suspender as atividades.