Pouco mais de um ano e dois meses após a chegada da lama à cidade de Colatina, a cor das águas do Rio Doce já está normal e o abastecimento foi totalmente restabelecido. De acordo com o Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) a “água pode ser utilizada sem preocupação”.
Segundo a Samarco, por meio da Fundação Renova, foram construídas duas adutoras na cidade: do rio Pancas e rio Santa Maria. Juntas, elas correspondem a mais de 50% do consumo de água do município de Colatina. Além disso, a Fundação disponibilizou uma empresa para avaliar adequações em três Estações de Tratamento de Água (ETAs) de Colatina.
A empresa diz ainda que já foram recuperados 56 afluentes do Rio Doce dos 92 que foram afetados com a descida da lama de Mariana. Ainda fazem parte do planejamento, a recuperação de outras cinco mil nascentes, bem como 40 mil hectares de florestas.
Indenizações
Para agilizar o ressarcimento da população impactada pela chegada da lama no município, foi criado o Programa de Indenização Mediada (PIM). Em Colatina, os atendimentos do programa começaram no início de novembro do ano passado e devem ser realizados até junho deste ano.
Na primeira etapa, o programa está indenizando todos os impactados pelo desabastecimento de água em Colatina. Na próxima fase, prevista para começar no próximo mês, haverá indenização para danos gerais, destinada a pescadores, agricultores, micro e pequenas empresas ou qualquer pessoa da região que teve sua fonte de renda diretamente impactada por conta do rompimento.
A população impactada também terá novas ações de reparação e será integrada aos programas previstos no Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC), acordo assinado com os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministério Público e órgão ambientais. Entre eles estão os projetos de Retomada das Atividades Pesqueiras, por exemplo, que está entre os 41 projetos da Fundação em andamento.