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Início da vida escolar: um desafio para mães e filhos

Pedagoga e proprietária da creche Grão de Mostarda, Carolina Segrino dá dicas para que esse momento não seja angustiante, nem para o casal, nem para as crianças

Se a criança começar a chorar, deixe claro que você vai e volta logo – Foto: Divulgação

Deixar seu filho pequeno em um lugar estranho, com pessoas desconhecidas pode parecer o fim do mundo! Mas esse é o primeiro passo para um dos momentos mais importantes para mãe e filho, e – acredite! – o processo pode ser mais simples do que se imagina.

Carolina Segrini, pedagoga e proprietária da creche Grão de Mostarda, diz que uma série de fatores contribui na adaptação escolar. A decisão de colocar a criança na escola, a escolha da creche, a segurança dos pais em relação a essa escolha e a forma como se fala para as crianças sobre a escola são alguns aspectos que antecedem a própria adaptação e que são fundamentais para seu bom andamento.

“Os pais não devem hesitar em conversar com as pessoas da escola, como professora e coordenadora pedagógica, para que possam estar bem seguros daquilo que estão fazendo. A adaptação de cada criança é algo muito particular”, sugere Carolina.

A creche Grão de Mostarda, por exemplo, observa o comportamento da criança longe dos pais. “Pode ser que em alguns momentos seja necessária a permanência da mãe ou do pai na escola, numa sala separada. Outras vezes percebemos que a criança fica melhor se a mãe ou o pai não ficar nas dependências da escola”, diz a pedagoga.

Tudo é novidade!

Cada aluno que chega pela primeira vez a uma escola terá um mundo de coisas para ver, compreender e aprender, mas é essencial que ele estabeleça uma relação de referência com a professora, estagiária e auxiliar, e com os colegas de sala. A dica de Carolina é que os pais construam uma boa relação com a professora e a escola de modo geral para se sentirem mais seguros ao deixarem seu filho lá.
 
E não adianta tentar enganar a criança, ela vai perceber que é mentira. “Diálogo e sinceridade são os melhores remédios. É necessário que o aluno sinta-se seguro nesse novo espaço e para isso precisamos ser sinceros. No momento em que os pais vão deixar a criança na escola, na hora da despedida, não mintam, não insistam na despedida, não fiquem nos arredores da escola. Caso queiram ficar um pouco com o filho na escola, deixe para hora da saída ou vá um pouco mais cedo, pois é muito angustiante para criança prolongar este momento”, pontua.

Os pais também podem deixar a criança em momentos reduzidos na escola e ir aumentando gradativamente, de acordo com sua reação. O que eles não devem fazer é transferir seu sofrimento e preocupação para a criança. “Muitas vezes, os pais sofrem mais do que as crianças. Quando isso acontecer, tente não transferir esse sofrimento, procure conversar com a coordenadora pedagógica. A escola é decisiva na fase de adaptação e a confiança adquirida pelos pais reflete de maneira significativa no estado de espírito da criança“, afirma Carolina Segrini.

Confira as dicas que Carolina dá para a hora de deixar o pequeno na escolinha:

– Converse com professores e coordenação pedagógica da escola, para que estejam seguros do local escolhido.

– Não tente enganar a criança. É necessário que o aluno sinta-se seguro neste novo espaço e para isso precisamos ser sinceros.

– No momento em que os pais vão deixar a criança na escola, na hora da despedida, não mintam, não insistam na despedida, não fiquem nos arredores da escola.

– Caso queiram ficar um pouco com o filho na escola, deixe para hora da saída ou vá um pouco mais cedo.

– Se a criança começar a chorar, deixe claro que você vai e volta logo.

– Na hora marcada da saída, não atrase. É preciso que a criança possa comprovar com dado real, sem maiores angústias, aquilo que repetimos a todo tempo: sua mãe/pai vai e volta daqui a pouco.

Serviço:

Grão de Mostarda Centro Educacional
Rua Quinze de Novembro, Praia da Costa, Vila Velha
Telefone: (27) 3035-3235