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Inquérito que apura morte de ciclista em Vitória é adiado por 90 dias

A família da jovem vai fazer um pedalaço em homenagem ao aniversário da ciclista, neste domingo, a partir das 14h

Foto: Reprodução | Instagram Luísa Lopes
“Nós prometemos um show ontem…e entregamos !!!”, dizia a publicação feita pela passista em 24 de março

O prazo para conclusão do inquérito que apura a morte da ciclista Luísa Lopes foi adiado por 90 dias. A denúncia policial aberta para investigar o atropelamento foi devolvida pelo Ministério Público do Estado à Polícia Civil no dia 29 de junho. 

No último dia 23 de junho, questionada pelo Folha Vitória, a Polícia Civil havia informado que tinha pedido à Justiça mais 30 dias para que o inquérito fosse concluído.

Sobre o assunto, a mãe da modelo, Adriani Luíza da Silva, lamentou: “Que Justiça é essa?”. Para ela, ficou a apreensão. “Primeiro passou um mês, depois dois e isso tem deixado a gente apreensivo, além da tristeza que já tínhamos. Esperamos a justiça, porque trazer minha filha de volta não vai ter como. Ouço relatos de outras mães para me apegar à fé. Mas que prazo é esse, que só se estende?”, desabafou Adriani.

“A gente se preocupa do caso cair em esquecimento, ficando mais difícil resolver. Espero que a demora seja realmente para virem à tona os fatos, ” disse a mãe da ciclista.

Modelo completaria 25 anos neste domingo

De acordo com a família da jovem, neste domingo (24), haverá um pedalaço em comemoração ao aniversário de Luísa, que completaria 25 anos. A homenagem está prevista para começar às 14h, com saída da praça do bairro Jabour, em Vitória. 

Relembre o caso

A ciclista e passista da escola de samba Unidos de Jucutuquara foi morta depois de ser atingida por um carro de passeio na Avenida Dante Michelini, na orla da Praia de Camburi, em Vitória, no dia 15 de abril, uma Sexta-Feira da Paixão, por volta das 20h.

A motorista Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, e a mulher que estava no carona foram detidas pela Polícia Militar. De acordo com relatos de quem estava próximo ao acidente, ambas aparentavam estar embriagadas, pois tinham dificuldades em falar e sussurravam palavras sem sentido. A motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro. 

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Mesmo sem realizar o teste, a polícia informou que Adriana apresentava sinais de embriaguez. Ela foi autuada por conduzir veículo sob influência de álcool, mas conseguiu liberdade provisória após pagamento de uma fiança de R$ 3 mil. O fato de não ter sido autuada por homicídio permitiu que a corretora respondesse em liberdade.

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Depois de três meses do acidente, a família enfrenta a dor da perda e aguarda por justiça. Os familiares preservam na memória a lembrança de uma jovem que transbordava alegria de viver e que era ativa nas causas sociais.

No dia 13 de julho, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que garante atendimento psicológico aos familiares de vítimas de acidentes de trânsito. A nova lei se chama Lei Luísa Lopes em homenagem à ciclista. 

A produção da TV Vitória/Record TV entrou em contato com a defesa de Adriana. Eles informaram que não poderiam atender e que retornariam em outra ocasião. Quando houver uma resposta, o texto será atualizado

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De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu) da Prefeitura de Vitória, no momento do acidente, a ciclista estava no canteiro da avenida e, ao atravessar fora da faixa de pedestres, foi atingida pelo veículo que seguia no sentido Serra quando o semáforo estava aberto para a passagem de veículos. 

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