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Inscrições para ProUni e Nossa Bolsa não têm previsão para serem abertas

A medida foi tomada após a Justiça Federal determinar a suspensão da divulgação dos resultados do Sistema Integrado de Seleção Unificada (SiSU)

Foto: Divulgação

Previstas para serem abertas no final de janeiro, as inscrições para os programas ProUni e Nossa Bolsa foram suspensas por tempo indeterminado. A medida foi tomada após a Justiça Federal determinar a suspensão da divulgação dos resultados do Sistema Integrado de Seleção Unificada (SiSU), devido a inconsistências na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, que também são utilizadas para a classificação dos outros programas.

O Ministério da Educação (MEC) informou a suspensão do ProUni na noite de segunda-feira (27). As inscrições para o programa federal teriam início nesta terça-feira (28). Apesar de não abrir as inscrições, o ministério diz que os estudantes poderão consultar as 251 mil bolsas que serão ofertadas.

Nesta terça, o Governo do Espírito Santo informou que decidiu adiar o início do período de inscrições do Programa Nossa Bolsa 2020, que começaria nesta quarta-feira (29). A nova data para a seleção ainda será definida e divulgada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).

Na última sexta-feira (24), a Justiça Federal de São Paulo deu prazo de cinco dias para o Governo Federal demonstrar a correção e a readequação das notas das provas que apresentaram problemas apontados por estudantes de todo o Brasil. 

O caso

Na segunda-feira, 20, o MEC divulgou ter identificado erro na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição da prova. O ministro Abraham Weintraub garantiu que, após essa análise, todos os candidatos estavam com as notas corretas e, por isso, abriria as inscrições no Sisu. No entanto, não foi apresentado nenhum documento ou estudo técnico sobre o procedimento feito.

O erro só foi identificado pelo ministério após reclamação dos alunos. O ministro Abraham Weintraub admitiu o erro depois de afirmar diversas vezes que a gestão Bolsonaro havia feito o “melhor Enem da história”.

Apesar de ter informado que encontrou erro em 5,9 mil provas, o MEC recebeu mais de 175 mil pedidos de recorreção da nota, mas não respondeu aos candidatos se fez uma reavaliação ou uma justificativa que comprovasse que a correção estava segura.

Com informações do Estadão