Uma parceria entre o Instituto Jutta Batista da Silva (IJBS) e o Serviço Social da Indústria (SESI) irá levar aos moradores de Venda Nova do Imigrante uma nova oportunidade de qualificar profissionalmente a população local e fomentar a tradição da região por meio de cursos gratuitos.
Os três primeiros já estão com as inscrições abertas e acontecerão no mês de junho. Durante as aulas, que terão 12 horas, os alunos aprenderão técnicas de inúmeros pontos de bordados. Os cursos serão realizados na escola de bordados Da Tutte Mani.
Segundo a superintendente do IJBS, Marlene Zandonaide, a intenção é realizar, durante o ano de 2016, 12 cursos voltados às áreas de costura, bordado e artesanato, capacitando, assim, 240 pessoas. “A expectativa é muito grande; teremos cursos sobre bordados que só as ‘nonas’ mais antigas sabem fazer e a ideia é, além de capacitar a população de renda mais baixa, promover um reavivamento da cultura”, explicou.
Há turmas para os cursos de “Ponto Cruz”, ministradas nos dias 6, 7 e 8 de junho, das 13 às 17h, como também aulas de “Ponto Reto”, com realização entre os dias 13 e 15 de junho, das 13 às 17h, além de “Ponto Cheio” com turmas de 20 a 22 de junho, das 13 às 17 horas. Todos os cursos têm duração total de 12 horas e os participantes receberão um certificado da escola.
O Instituto
Criado em 1983, o IJBS é uma entidade sem fins lucrativos que atua em 11 municípios da Região Serrana do Espírito Santo, com o objetivo de realizar, direta ou indiretamente, obras e projetos sociais, confecção de produtos de artesanatos com foco em auxiliar no desenvolvimento da comunidade local.
A entidade leva o nome da senhora Jutta Batista da Silva, alemã natural de Hamburgo que foi casada com Eliezer Batista da Silva e viveu em Vitória grande parte de sua vida, devido ao trabalho do marido que na época começava a abrir a estrada de Ferro Vitória – Minas.
Dona Jutta trazia consigo as lembranças da II Guerra Mundial vividas na Alemanha, na qual seus pais perderam tudo. Após ter enfrentado grandes dificuldades e ter visto de perto tanta miséria, sentiu a necessidade de fazer algo para o próximo, dar as mãos e repartir o pouco que tinha: quando recebia qualquer doação de parentes e amigos da Alemanha, repartia com as pessoas carentes que moravam ao seu redor.