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Internos mantém tradição de Corpus Christi e fazem tapete de 10 metros em unidade do Iases

A atividade é realizada na unidade do Norte do estado há seis anos, mas em virtude da pandemia a ação precisou ser remodelada

Foto: Divulgação / Iases

Internos do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) realizaram a confecção do tradicional tapete de Corpus Christi dentro da unidade de Linhares, região Norte do Espírito Santo. No total, nove adolescentes participaram da ação, que criou um tapete com 10 metros de comprimento.

A confecção foi realizada na Unidade de Internação Socioeducativa Norte (Unis Norte) pelos adolescentes que estão na fase conclusiva da socioeducação. Foi a primeira vez que os jovens, com idades entre 17 e 20 anos, realizam esse tipo de atividade na unidade.

“O fato de colorir a areia e o pó de serra era algo inusitado para eles, pois só viam isso na televisão. Eles ficaram surpresos ao verem o resultado final”, destacou o gerente da Unis Norte, Sérgio Durão.

Ao todo, foram necessárias 10 horas de trabalho em que os internos contaram com a orientação da equipe formada pelos agentes José Sivanildo, Nelma, Áureo, Rosimar e Adriana Caliman.

“Os desenhos foram escolhidos pelos adolescentes juntamente com a equipe. Para a confecção, foram usados areia branca e pó de serra, ambos passaram por um processo de tingimento. Também utilizamos palha de café e moldes de madeira produzidos pelos adolescentes nas oficinas”, afirmou Sérgio Durão.

Um dos internos, de 16 anos, é natural do município de Pinheiros e se impressionou com o resultado. Ele se emocionou com o significado dos tapetes confeccionados nesta época do ano.

“Nunca tinha ouvido falar que a construção dos tapetes tinha alguma relação com a Celebração do Corpus Christi e nem o que significava essa data. Durante os preparativos dessa atividade aqui na unidade pude descobrir o real sentido da data e fiquei muito emocionado”, relatou.

De acordo com o gerente da unidade, a criação de tapetes é uma tarefa presente no local há seis anos, mas com a pandemia, a atividade teve que ser remodelada devido às recomendações de segurança.

“Nos anos anteriores, os adolescentes confeccionavam vários tapetes e já chegamos a produzir 13. Além disso, nós convidávamos as famílias para contemplar os trabalhos e o padre responsável pela Paróquia de Bebedouro para celebrar uma missa para os socioeducandos. Este ano , em razão da pandemia, nós decidimos fazer apenas um tapete e não abrir para a visitação de mais pessoas. Apenas os demais adolescentes da unidade e os servidores puderam conferir o resultado final”, concluiu Sérgio Durão.

* Com informações do Iases.