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Investir em políticas públicas: mais do que uma necessidade, uma urgência!

Último relatório da ONU sobre o Índice de Desenvolvimento Humano mostra o país em 85º lugar diante dos 187 países pesquisados

Por Pe. João Batista Gomes de Lima – Presidente do Sinepe/ES
    

Foto: Divulgação

No último relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), estudo leva em consideração os investimentos que contribuem para melhoria das condições gerais de saúde, de educação e de renda da população de um país, dos 187 países pesquisados, o Brasil aparece no 85º lugar, mesma posição de 2011. Fato este que me fez refletir sobre o quanto nosso País precisa investir em políticas sociais para ocupar melhores posições no ranking das nações consideradas emergentes e desenvolvidas.

A título de informação, desde 1990 a ONU publica anualmente o relatório do IDH dos países.  Em uma pontuação que varia de 0 a 1, a nota do Brasil passou de 0,59 em 1990 para 0,73 em 2012.  E assim foi elevado para a posição do grupo de países com IDH alto, mas ainda continua atrás de sul-americanos como Chile, Argentina, Uruguai, Peru e Venezuela, porém, à frente do Equador e da Colômbia. 

Apesar de avanços significativos nos índices relacionados, saímos da expectativa média de vida em 2004, segundo o Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de 71,5 anos ao nascer para 73,8 anos, e de US$ 8.325 de renda per capita anual para US$ 10.152 em 2012. No entanto, os nossos resultados nos deixam em posição inferior a de muitos países de regiões, cujas economias são historicamente atrasadas.

Vale apenas destacar que a cada ano, durante publicação do relatório, nossos governantes são confrontados pela sociedade brasileira e pelos organismos internacionais diante do baixo desempenho do Brasil. Numa tentativa de se explicar, por várias vezes o atual ministro da Educação ocupou espaço considerável da mídia nacional para criticar a metodologia da pesquisa do PNUD, mostrando que se a pesquisa tivesse sido feita com dados mais recentes nossa posição seria melhor. É provável que o ministro esteja certo, o que não nos exime da imensa responsabilidade de aumentar os investimentos e os mecanismos de controle das nossas políticas sociais. 

O olhar crítico sobre esses indicadores revelam claramente que nossos problemas sociais devem fazer parte das nossas preocupações enquanto diretores e mantenedores de instituições de ensino.