A pressão social pela magreza foi extremamente forte e quase matou a jovem Elle Lietzow. Ela chegou a ficar uma semana sem comer “para ser magra e popular”, e chegou a pesar menos de 30 kg.
Seu organismo praticamente parou de funcionar e a família a levou ao hospital às pressas. Todos os médicos estavam surpresos pelo fato dela ainda estar viva, porque ela já tinha parte da circulação comprometida. Seu cabelo já estava caindo, ela não menstruava e estava tão magra que sua pele estava literalmente nos ossos da cintura.
Ela conta que o principal objetivo em ser magra era chamar a atenção dos colegas na escola. “Eu pensava que sendo magra teria mais amigos. Eu fazia natação e as pessoas me elogiavam pelo meu corpo. Quando parei de nadar, achei que precisaria compensar a falta de exercício e parei de comer.”
O bullying fez parte da infância de Elle, que era uma criança acima do peso e sofreu muito com o preconceito dos colegas na escola. Depois de entrar para a equipe de natação, ela perdeu peso e percebeu que todos a tratavam melhor. Porém, quando deixou o esporte, ela compensou com a diminuição da comida. “Comecei a comer peixe e vegetais, mas diminui muito a quantidade dos alimentos.”
Em apenas dois meses, ela perdeu quase 15 kg e foi internada pela primeira vez. “Eu odiava o meu corpo. Minha família me incentivava a comer melhor para ganhar peso, mas eu simplesmente não conseguia gostar da minha aparência.”
A jovem conta que simplesmente parou de comer. Sua única refeição era uma salada à noite. Em poucos meses, ela perdeu quase 40 kg. Depois de emagrecer tanto, ela ficou sem energia e sem forças, por isso teve que parar de ir à escola e só ficava em casa porque seu corpo estava muito fraco. “Meu corpo me dava sinais de que estava me matando. Eu sabia que precisava parar.”
Além da parte física, a relação com a família também se tornava um problema. Ela frequentemente mentia sobre a quantidade que comia ou sobre o que realmente estava ingerindo durante o dia. Em uma última ideia para emagrecer, ela parou de comer até mesmo no período da noite e nem mesmo água consumia. “Fui pegar um copo d’água e comecei a convulsionar. Quando acordei, sabia que estava com um problema realmente sério.”
Ela decidiu falar com a mãe e contar tudo que estava acontecendo nos últimos meses. A mãe a levou rapidamente ao hospital, onde os médicos viram que alguns órgãos já estavam entrando em falência.
Ela foi atendida e a família começou a dar apoio à situação. Hoje, ela é vegana e se alimenta normalmente. “Banana, mamão, kiwi, maçã, batata, abacate são algumas das coisas que coloquei na minha alimentação. Minha vida mudou completamente. Saio com amigos, tenho apoio da minha família e sou muito mais feliz.”
Com informações do Portal R7