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Jovem é atendida pelo Samu, liberada, e sofre AVC no outro dia, na Serra

A primeira providência dos parentes foi levar Raquel para a Unidade de Pronto Atendimento de Carapina, na Serra. De lá, ela foi transferida para um hospital

Após ser constatado que Raquel estava com AVC, a jovem ficou internada na Serra Foto: Reprodução/TV Vitória

Uma jovem de 20 anos foi atendida após passar mal pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas foi liberada. No dia seguinte, Raquel Motta Gratek continuou a passar mal e foi constatado, um dia depois do fato, pelos médicos que a jovem teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O namorado se diz que não tem palavras para descrever o que sente. “Isso é complicado, não tenho como explicar. Não tenho nem palavras”, disse o namorado Luciano Pereira.

Luciano é de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo, e namora Raquel, moradora da Serra, na Grande Vitória. A auxiliar administrativa passou mal enquanto trabalhava, mas, foi liberada pela equipe para voltar para casa.

A primeira providência dos parentes foi levar Raquel para a Unidade de Pronto Atendimento de Carapina, na Serra. De lá, ela foi transferida para um hospital. Foi aí que os médicos constataram que, na verdade, ela foi vítima de um AVC.

A internação de Raquel ao mesmo tempo que preocupa, revolta a família da jovem. “Eles estudam para isso. Você precisa deles, eles vão te socorrer, eles falam para que você não tem nada, sem averiguar. Eles nem sequer olharam e não se preocuparam para levar ela para o hospital”, diz a dona de casa, Suéllen Motta.

Em entrevista à TV Vitória/Record, o coordenador médico do Samu, Robert Alexsander, disse que no momento do atendimento, Raquel não apresentava sinais de que pudesse ter um AVC.

“O AVC muitas vezes tem sintomas muito fáceis de serem detectados em que você tem sinais clínicos muito evidentes, mas nem sempre os sinais são tão evidentes assim. Estamos fazendo uma análise preliminar, os fatos serão apurados, mas pelo que foi apurado no prontuário médico e nas gravações que foram feitas, a paciente não apresentava sinais de maior gravidade, que pudesse levar a um AVC”, afirma Alexsander.