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Um jovem, de Vila Velha, morreu vítima de dengue hemorrágica, na última sexta-feira (05). Inconformados com a morte do jovem José Vinicius Meira da Costa, de 20 anos, familiares acusam o pronto atendimento de negligência, pois o atestado do médico indica dengue clássica, enquanto a certidão de óbito aponta dengue hemorrágica.
Segundo a mãe do jovem, Rosana Grassi Meira, o filho começou a passar mal na segunda-feira (01). Na quarta-feira (3), José Vinícius teria seguido para o pronto atendimento, onde recebeu quatro litros de soro e retornou para casa com um atestado de dengue clássica.
De acordo com a família, a orientação recebida pelo jovem era de retornar ao pronto atendimento, em 48 horas, para refazer os exames de controle. Mas, na sexta-feira (5), José Vinícius acordou com um quadro bastante agravado. Ao retornar à unidade, acabou morrendo.
“É triste você levantar e não ver seu filho. Você via ele toda hora indo e voltado do serviço. Dei um tênis para ele no aniversário, dia 25 de janeiro, e ele nem chegou a usar. É muito triste porque se ele tivesse ficado lá, tomando o soro e medicação, tenho certeza que meu filho não teria ido a óbito”, disse a mãe do jovem.
Abalada, Rosana Meira contou que José Vinícius havia perdido o pai há 11 meses, também em uma sexta-feira de carnaval.
Os responsáveis pelo Pronto Atendimento (PA) da Glória informaram que num primeiro momento, o paciente foi atendido, medicado e passou por exames. Ele ficou oito horas internado, e não apresentou nenhum fator de alarme. Por isso, foi descartada a internação. Na segunda ida ao PA, o jovem apresentava sinais de gravidade, sendo levado à emergência. A unidade identificou a necessidade de transferência. No entanto, antes de conseguir a vaga, o jovem não resistiu e morreu.