Geral

Jovem que sobreviveu a acidente que matou três carbonizados volta para casa em VV

Foram 11 dias de internação, no Hospital Jayme Santos Neves, no bairro Laranjeiras, na Serra. Sandoval Marques Pereira Junior é ajudante de pedreiro e mora com a família em VV

O único sobrevivente do acidente na Lindenberg concedeu a primeira entrevista após receber alta Foto: TV Vitória

Está em casa o ajudante de pedreiro, de 23 anos, que sobreviveu ao acidente no qual três pessoas morreram carbonizadas, na Rodovia Carlos Lindenberg, em Vila Velha, no último dia de 2014.

Foram 11 dias de internação, no Hospital Jayme Santos Neves, no bairro Laranjeiras, na Serra. Sandoval Marques Pereira Junior é ajudante de pedreiro e mora com a família no bairro Jabaeté, em Vila Velha.

Sandoval voltou para casa no último dia (10), e falou com exclusividade com a equipe da TV Vitória/Record. “Eu estou bem melhor, graças à Deus, com um probleminha na garganta, mas estou bem. O que eu lembro do acidente é que quando estávamos indo trabalhar, nós estávamos esperando um ônibus sair do acostamento, e a gente só viu o carro bater e pegar fogo. Lembrar do que aconteceu dói muito. É doloroso. A tragédia poderia ser evitada se o motorista do caminhão prestasse mais atenção no trânsito”, conta Sandoval.

Sandoval recebe apoio fundamental da família. “Tem sido muito difícil porque a gente acha que não vai acontecer com a gente, mas quando acontece é muito difícil. Eu estava na Bahia quando recebi a notícia e fiquei sem acreditar”, diz a mãe de Sandoval, Joilma Paula dos Santos.

O acidente envolveu uma carreta e um veículo de passeio e matou três carbonizados Foto: Reprodução/TV Vitória

Para se comparar a dor e o desespero da mãe, somente a esposa de Sandoval. “Meu mundo caiu desde a hora que fiquei sabendo quando aconteceu o acidente. Passei mal no trabalho, entrei em choque. A gente não sabia em que hospital ele estava. Eu fiquei doida praticamente”, diz Jaqueline Ferreira dos Santos.

A tragédia desperta para a imprudência registrada, na Carlos Lindenberg, nos últimos dias. As marcas de frenagem na pista traduzem uma das principais infrações que ocorrem na avenida é a alta velocidade. “Essas marcas de frenagem sempre se referem à alta velocidade do condutor. Alguns motoristas se aproveitam do semáforo amarelo e aceleram ao invés de parar”, diz o agente de trânsito Ângelo Fortunato.

Para o agente, a morte de um motociclista, na avenida, na manhã do último domingo (11), por exemplo, poderia ter sido evitada. “A sinalização está ali, se o condutor respeitar a sinalização não acontece acidente”, completa.

Para quem viu a morte tão de perto, ficam a esperança do recomeço e o desejo de justiça. “Eu quero que o culpado pague porque foram três vidas que ele tirou e deixou outra família passando por dor”, completa Sandoval.