Acusado de abusar sexualmente e matar o filho e o enteado em Linhares, o ex-pastor Georgeval Alves vai a júri popular a partir desta terça-feira (18), às 9h. O pleito acontece após ser adiado por duas vezes.
Ele será julgado por homicídio duplamente qualificado, duplo estupro de vulnerável e tortura do filho Joaquim Alves, de 3 anos, e do enteado Kauã Butkovsky, de 6.
Além do réu, entre esta terça e a próxima quinta-feira serão ouvidas 15 testemunhas e cinco peritos. Só então, o júri composto por 7 pessoas definirá o futuro de Georgeval.
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O crime aconteceu em 21 de abril de 2018, após um incêndio na casa da família em Linhares. Em depoimento, o réu afirmou que tentou salvar as crianças, o que foi descartado pela perícia e bombeiros.
Após a autópsia das crianças, foi apontada a materialidade o abuso sexual, inclusive material genético do ex-pastor no corpo de ambas, o que foi suficiente para garantir a prisão preventiva.
O julgamento foi adiado pela primeira vez por alegações de problemas de saúde do suspeito. Já o segundo, marcado para 3 de abril, foi postergado, pois os advogados alegaram falta de segurança no tribunal.
Os advogados foram multados pelo juiz em R$ 260 mil, mas garantiram que continuarão no caso. Durante a semana passada, a defesa apresentou um laudo que demonstra que Georgeval não tem problemas psicológicos e nem psicopatia.
A advogada de acusação Lharyssa Almeida, que trabalha ao lado da família das vítimas, acredita que todas as provas apontam para a condenação de Georgeval e que a expectativa é a pena máxima.
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A avó de Kauã, Marlúcia Butkovsky, em conversa com o Folha Vitória, afirmou que também espera a pena máxima e que a dor causada pelo réu afetou toda a família “Ele não tirou apenas a vida do Kauã e do Joaquim, tirou muito da nossa vida também”.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record TV
